Supermercados do Rio Grande do Sul passaram a limitar nesta sexta-feira (20) a compra de alguns produtos alimentícios e de higiene. Na quinta-feira (19), o governador Eduardo Leite publicou decreto de calamidade pública, contendo normas para tentar evitar a falta de mercadorias nesses estabelecimentos, já que a pandemia provocou uma corrida a esses locais.
GaúchaZH percorreu unidades das duas maiores redes de super e hipermercados da capital gaúcha. Não se percebeu falta de produtos nas gôndolas. Pelo contrário, caixas fechadas ficavam em meio a corredores para que o abastecimento fosse facilitado. Não foi possível, no entanto, encontrar álcool gel.
Em uma das unidades, no bairro Santa Cecília, havia limitação de três unidades de pacotes de papel higiênico, papel toalha e guardanapos. Também de cinco pacotes de massa, três quilos de feijão, dois quilos de farinha de trigo e cinco unidades de café. Nesse local, estava faltando, naquele momento, uma marca de farinha nas prateleiras. O movimento era acima do normal para o horário. Havia clientes fazendo compras usando máscara e alguns de luva. Os carrinhos, em sua maioria, estavam cheios. Chamava a atenção a grande quantidade de cervejas que estavam sendo compradas. O líder de presença nas compras, no entanto, era o papel higiênico.
Em um hipermercado do bairro Cristal também havia limitação de produtos alimentícios e de higiene. Arroz, por exemplo, era no máximo três unidades de três quilos. Proteínas congeladas estavam limitadas a seis pacotes por cliente.
Burlando a regra
Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antonio Cesa Longo, a maioria dos clientes está respeitando a orientação. Afirma, no entanto, que alguns estão burlando a regra.
— Acabam fazendo mais passagens pelo caixa e ocasionando fila — conta o empresário.
Longo lembra que o decreto estabelece que o critério de limitação de itens fica sob a responsabilidade de cada empresa. Diz, ainda, que o único produto com dificuldade a todos é o álcool gel.
— Nos demais, permanece a dificuldade da velocidade da reposição de algumas empresas e alguns produtos — complementou.
Em relação ao fornecimento pela indústria e a questão de logística para reposição, garante que até o momento não há problema.