Geralmente associadas a luxo e lazer, as hospedagens no modelo all inclusive representam mais do que abundância. Para quem está planejando uma viagem com pouca margem de erro no orçamento, pode ser definitivo. Se a ideia é ter opções de gastronomia e lazer para diferentes faixas etárias e gostos em um mesmo lugar, também. Mas é preciso analisar uma série de fatores: na ponta do lápis, o all inclusive nem sempre vale a pena.
Quando se passa muito tempo fora do hotel, visitando outras atrações do lugar, esse tipo de pacote já deixa de fazer sentido. Isso porque a grande vantagem está no consumo de comidas, bebidas e participação em atividades em tempo integral - ou quase. Ao deixar de aproveitar tudo isso, se está pagando por algo que não será utilizado.
— Vale a pena quando você vai realmente utilizar, no mínimo, 80% do que está incluído. Em Cancún, por exemplo, muitas vezes as pessoas pagam, mas todos os dias vão a passeios que saem de manhã e só retornam aos resorts no fim da tarde — ilustra o CEO da Uneworld Operadora, Fabian Saraiva.
Nestes casos, o mais indicado é o sistema de meia pensão, que inclui parte das refeições. Alguns deles até incluem bebidas alcoólicas nessa modalidade. Quando se opta pelo all inclusive e boa parte do dia é fora do lugar, o consumo de bebidas alcoólicas na hora de relaxar, ao fim do dia, até pode compensar, mas não é regra. Com diárias que podem aumentar em US$ 100 ou US$ 200, a escolha vai depender do quanto a pessoa consome e dos preços praticados pelos restaurantes da região.
Recomendações
Uma das situações em que o all inclusive se justifica é quando o turista vai para um lugar isolado, com poucas opções de restaurantes e supermercados. O pacote mais completo garante acesso a comida e bebida de qualidade durante a estadia.
Para o controle de orçamento, também é bastante indicado. A pessoa já sabe quanto está pagando por toda a experiência, dentro do total da viagem. Facilita o planejamento financeiro e evita surpresas desagradáveis.
— Às vezes, a pessoa pega um hotel mais simples e, para comer, as opções são bem caras. Em um resort, já sabe quanto paga e não se preocupa com mais nada naquele destino — sugere o sócio-diretor da TAG Intercâmbios e Viagens, Lucas Tuchtenhagen.
Já nas viagens em grupo, seja de amigos, casais ou famílias, um resort pode ser muito conveniente por oferecer variedade em todos os sentidos: tipos de acomodação, atividades, recreação, lazer e gastronomia. O entretenimento é garantido para todas as idades - salvo os estabelecimentos temáticos ou exclusivos para adultos. Em geral, evita-se desgaste no sentido de cada integrante querer uma coisa diferente.
Em suma, o all inclusive garante comodidade para relaxar sem se preocupar com deslocamentos ou gastos extras. Com tudo à disposição, o hóspede não tem transtorno. E se tiver filhos pequenos, ainda conta com a segurança de ter recreacionistas e poder curtir momentos a sós com o companheiro ou a companheira.
Por fim, muitos hotéis e resorts all inclusive apostam no segmento de luxo, com serviços de alta comodidade, como concierge, acomodações diferenciadas, praias particulares e outras exclusividades. Destinos com praias, montanhas ou neve aparecem como opção.
Pontos positivos
- Controle financeiro
Sem surpresas desagradáveis na hora de pagar a conta. O pacote all inclusive garante que o consumo de bebidas, comidas e atividades de lazer dentro do complexo escolhido estarão cobertas pelo preço pago pela experiência.
- Viagens em grupo
Nada de brigas na hora de escolher onde ir jantar ou onde passear. Resorts all inclusive oferecem opções para todas as idades e gostos no mesmo lugar.
- Tranquilidade com crianças
Hotéis e resorts all inclusive costumam contar com recreacionistas, que ficam responsáveis por entreter e cuidar dos pequenos. É a situação ideal para casais que queiram desfrutar de momentos a sós com segurança, além de também poderem se divertir em família.