No Partiu RS de hoje, você vai esquecer as tecnologias e admirar as belas paisagens do interior de Pelotas. Além da rica natureza, a região tem uma mistura de etnias que faz tudo ficar ainda mais saboroso. Imigrantes alemães, italianos e franceses fazem parte da história desse lugar.
Saindo de Porto Alegre, basta pegar a BR-116 e, na chegada à cidade, entrar na BR-392. Dali para ir até os pontos que abordaremos, são três estradas diferentes. Começamos no nono distrito de Pelotas, em Monte Bonito. Você vai percorrer 259 quilômetros, em mais ou menos quatro horas, da Capital até a primeira parada.
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Para não ser pego de surpresa, saiba que as estradas na zona rural são de chão, nem todas muito boas. Também não é muito fácil conseguir sinal de celular. Mas você vai ver que isso não é problema, como aponta a guia de turismo Andrea Chies:
– O luxo é o que a natureza nos oferece. É respirar esse ar puro, perceber os sons, e até a ausência deles.
Isso é encontrado no nosso primeiro destino: o Sítio Águas Claras. Os visitantes podem passar o dia olhando as belas árvores do local, originárias do Hemisfério Norte, ou tendo um momento de reflexão em um labirinto que é réplica de outro que pode ser encontrado em uma catedral da França. A entrada custa entre R$ 7 e R$ 10, e é necessário agendar a visita.
Depois de percorrer os 250 metros do labirinto, somos apresentados aos produtos feitos no sítio, no qual o foco é a produção agroecológica. Itens como suco, licor e geleia saem por preços entre R$ 15 e R$ 20 cada.
A apenas 600 metros desse local, está o Sítio Panamar, onde vale a pena observar as aves. O local também conta com área de lazer e piscina para aproveitar os dias de calor. Após o passeio, que custa R$ 7, aproveite uma parada no espaço do café colonial, com 50 variedades de pães, tortas e doces a R$ 35 por pessoa.
Para passar a noite, a opção é a Pousada do Moinho, no quinto distrito. De dentro do quarto, os hóspedes conseguem ouvir um barulho de uma cascata que fica do lado de fora. O preço da diária varia de R$ 180 a R$ 225 para o casal. Quem quiser gastar menos pode acampar ao custo de R$ 25 por pessoa.
É possível estender o passeio a 10 quilômetros dali, com uma caminhada pela trilha Jardim Espaço Arte (ingresso a R$ 8). Como o próprio nome já diz, arte é o que não falta por lá – tudo em volta tem história e muito trabalho manual.
Na terceira estrada, outro destino: a Colônia Maciel. A curiosidade é que, por ali, passava um trem que ligava Pelotas e Canguçu. Esse transporte começou a funcionar em 1950, mas durou pouco mais de 10 anos. Hoje, quem passa por lá pode observar a beleza e a dimensão da ponte de mais de 30 metros de altura.
No quesito delícias, é a vez dos vinhos de Jordão Camelato. Caminhando pela vinícola (entrada a R$ 3), pudemos ver que os parreirais estão no período de dormência – os cachos já foram colhidos, passaram pela etapa de fermentação e agora estão armazenados. Logo, logo devem começar a ser engarrafados 10 mil litros de vinho.
O produto é vendido só por lá e pode ser combinado com a comida feita no fogão a lenha no restaurante da Família Gruppelli, a nove quilômetros de distância (R$ 30 por pessoa no fim de semana). Ao lado, um museu guarda a história das famílias italianas que chegaram ao local em 1875. O visitante encontra utensílios de casa e observa como era o transporte à época.
– As carroças transportavam caixas com produtos coloniais para Canguçu e Pelotas – conta o proprietário, Paulo Ricardo Gruppelli.
O museu também mostra como era o consultório de um dentista em 1960. Do lado de fora, você ainda pode alimentar os animais.
Nosso roteiro terminou na cachoeira do Arco-íris, onde dá vontade de passar o dia inteiro (a entrada custa R$ 7,50). Mesmo no frio, tem turista que não resiste colocar o pé na água. O menino Lucas Cruz, sete anos, contou que, no verão, faz a maior festa por ali:
– Às vezes, é um pouquinho gelado, mas depois a gente acostuma. Eu gosto muito.
#PartiuRS é uma série multimídia que mostra as belezas do Estado. Além do ZH Viagem, a série pode ser acompanhada aos sábados, no Jornal do Almoço, da RBS TV, no Supersábado, da Rádio Gaúcha, e em um site especial no G1. A coordenação é de Mariana Pessin (mariana.pessin@rbstv.com.br)