"Os rios que eu encontro vão seguindo comigo", escreveu João Cabral de Melo Neto. Quando vi pela primeira vez o Rio Negro, na Amazônia, tive certeza de que ele correria ao meu lado, como na frase do poeta. Será impossível apagar da memória a beleza daquelas águas escuras, um espelho quase perfeito para a mata que brota de suas margens.
No período das cheias, de maio a outubro, a paisagem ganha um ar ainda mais encantador. Devido às chuvas, o Rio Negro costuma subir até beijar a copa das árvores. É como se rio e mata vivessem um casamento em que marido e mulher só se encontram nessa época do ano, sendo obrigados a se separar depois, quando a seca arrasta o Rio Negro abaixo.
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A navegação pelo rio pode ser feita em diversas embarcações, desde um simples passeio de lancha a um cruzeiro fluvial a bordo de um luxuoso navio. Quem escolhe a última opção pode passar até quatro dias sobre as águas do Negro, rodeado de conforto, e participar de atividades que incluem trilha na mata, passeios de lancha, contato com animais e visita a uma comunidade indígena. Sob o comando de guias manauaras, fica fácil descobrir por que a Amazônia é chamada de coração do Brasil.
Diversão e gastronomia
O navio Iberostar Grand Amazon tem dois restaurantes, duas piscinas, academia e salão de eventos, onde são realizados coquetéis, shows e palestra sobre a Amazônia. São 75 cabines, todas com sacada. A estadia é no modelo all inclusive, e a gastronomia é comandada pelo chef Claudio Procópio, especialista em culinária amazônica e vencedor do Prêmio Dólmã 2015. O embarque para o passeio no Rio Negro é feito na segunda-feira, e o desembarque, na sexta-feira. Os preços podem ser consultados no site www.iberostar.com.
A embarcação fica atracada próximo ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa, em Manaus, uma construção de ferro de 1883 que pode ser visitada antes ou depois do cruzeiro. Uma dica é reservar um dia para passear na capital e conhecer pontos turísticos como o Teatro Amazonas, inaugurado em 1896.
*A repórter viajou a convite da Rede Iberostar
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