Antes de ir aos Lençóis, na primeira manhã, saímos para um passeio de lancha tipo voadeira, que faz o transporte de forma mais rápida por 40 quilômetros no Rio Preguiças. A primeira parada é na comunidade de Vassouras, que fica a 30 quilômetros de Barreirinhas. Ao chegar em terra firme, somos recebidos pelos macacos, que já estão acostumados com os turistas. Eles se aproximam e interagem com todos - bom momento para uma foto.
Um local com tantos macacos não podia ter outro nome: Tenda dos Macacos, uma tenda de palha que vende bebidas, petiscos e artesanato local. Tivemos a sorte de ver uma rendeira fazendo uma rede com a palha do buriti.
Do lado da tenda há algumas dunas. O lugar é chamado de Pequenos Lençóis, pois lá existe um conjunto de dunas com pequenas lagoas, não tão grandes e não tão límpidas quanto às do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses - mas deu para ter um gostinho de como seria a grande atração. Os pequenos lençóis são uma área de proteção ambiental e têm ligação com o Delta das Américas, pois ele se encerra justamente aonde começa o Delta do Rio Parnaíba.
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Uma vista panorâmica de Mandacaru
A segunda parada é uma vila de pescadores no Mandacaru. Parece que o tempo parou ali. Na chegada, vemos uma tenda toda de madeira com dezenas de garrafas de cachaças artesanais. Uma das atrações do local são as crianças que atuam como guias mirins. Elas têm informações sobre a comunidade local, sobre a foz do Rio Preguiças e nos levam até o farol.
(Fotos: Omar Freitas/ Agência RBS) Área de proteção ambiental, os Pequenos Lencóis têm duas e Lagoas
O Farol Preguiças (conhecido como Farol de Mandacaru) foi construído em 1940 e inaugurado em 1941 pelo então vice-almirante Morais Rego. Para encarar o farol, é preciso ter disposição! São mais de 160 degraus para chegar ao topo (35 metros de altura). Lá, há uma belíssima vista panorâmica de Mandacaru, Atins, Caburé, Rio Preguiças, Lençóis Maranhenses e os manguezais. Os espelhos originais do farol vieram da França, em 1909.
Devido aos muitos bancos de areia, houve vários naufrágios na foz do Rio Preguiças. Em um deles, morreu o poeta Antônio Gonçalves Dias. Alguns guias mirins recitam alguns poemas do poeta durante o passeio.
Sossego no final do dia
A última parada da manhã foi a praia de Caburé, um ponto bom para descansar e almoçar. Paramos na pousada e restaurante Porto da Lua, onde almoçamos tranquilamente com a brisa que corria entre o mar e o rio. O local tem uma área com redes para quem quiser descansar um pouco após o almoço ou depois de uma caminhada pela praia. Seguindo um pouco para os fundos da pousada podemos ver o mar. A praia fica localizada num pequeno braço de terra entre o Rio Preguiças e o Oceano Atlântico.
O fim do passeio foi em uma propriedade familiar à beira do Rio Preguiças, onde tivemos uma aula de como é feita a farinha de mandioca. No final do dia, tomamos banho de rio e curtimos um belíssimo pôr do sol à beira do rio.
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*O repórter fotográfico viajou a convite da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Maranhão (Abav-MA) e da Secretaria de Turismo do Maranhão