Há dois meses vim para Natal de mala e cuia. A cidade tem várias praias, a mais visitada pelos turistas é Ponta Negra. É preciso chegar bem cedo, pois o sol nasce por volta de 5h, fica bastante intenso depois das 9h e só atenua após as 15h30min. Ali, podemos encontrar turistas do mundo inteiro - muitos deles vieram para ficar, trocando o frio do Hemisfério Norte por apartamentos gigantescos de empreendimentos imobiliários por eles coordenados.
Mas Natal não pode ser realmente conhecida sem uma visita ao centro, entre os bairros Alecrim, Cidade Alta e Ribeira. Aqui reconhecemos o povo natalense em rostos, cores, atividades comerciais, vozes e artesanato potiguar. Dentre as principais referências, é preciso passar pela praça Pe. João Maria e acompanhar as oferendas de "ex-votos" pelos fiéis.
Outra pedida é caminhar pelo boêmio Beco da Lama. Sábados à noite, tem o Bardallos, famoso pelas promoções alternativas, uma delas o Baile das Quengas, todo ano, no Carnaval. Imperdível também é o prédio do IFRN, onde se encontra o incrível Museu do Brinquedo, com reprodução em tamanho real de todos os tipos de brinquedos das crianças nordestinas - alguns para serem experimentados pelos visitantes. Não se pode esquecer de visitar a Casa do Cordel, onde se encontram os cordelistas, para sarau, todos os sábados pela manhã.
As ruas desta parte da cidade são ricas em sebos de livros e revistas - um deles oferece até plantinhas! Em toda parte, há bancas de milho, bolos da culinária local, mingau de milho (que eles chamam de canjica), canjica (que eles chamam de mugunzá) e cuzcuz. Em toda parte, tem também muitos tipos de castanha, saquinhos por R$ 1 ou R$ 2, ou pacotes maiores, de preços variados. Pelas esquinas, os trabalhadores debulham grãos de feijão verde, sempre presente na culinária local.
Já para quem curte a noite, se quiser experimentar o que há de mais underground e que é frequentado pelos alternativos daqui, a visita certa é a Ribeira, bairro próximo ao centro. Nos segundos domingos de cada mês, há atividades culturais em que se envolvem comerciantes, bares, casas de shows e artesãos, atraindo jovens de todo canto para caminhar, dançar com bandas de rock, blues e jazz e fazer feita com todos os estilos musicais.