Em 65 dias de Operação Verão, o número de salvamentos no Rio Grande do Sul chegou a 704, o que representa 69,2% mais resgates do que os 416 registrados no mesmo período na temporada passada. O número de mortes por afogamento também aumentou no período, com nove óbitos contra dois no último verão - todos em locais e horários sem monitoramento de guarda-vidas. Os dados divulgados pelo comando do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) no Estado compreendem o período de 17 de dezembro de 2022, quando iniciou a atual Operação Verão, e o último domingo (19).
Nos últimos quatro anos, o número de salvamentos desta temporada só é inferior à edição 2020/2021, quando houve 736 resgates em pouco mais de dois meses após o início da operação, e um total de 10 mortes. Em todas as edições da Operação Verão, o Litoral Norte tem o maior número de casos.
De acordo com o CBM, os dias com altas temperaturas e boas condições do mar aumentam o tempo de permanência dos banhistas na água, o que, consequentemente, aumenta os riscos de afogamento. Mesmo depois de dias mais frios e águas mais revoltas, como no último sábado (18), os alertas continuam, com bandeiras na beira das praias indicando locais perigosos para banho.
Apesar de um aumento geral das ocorrências tanto no Litoral Norte quanto no Litoral Sul, as chamadas águas internas — rios, açudes, lagos e lagoas — registraram redução de registros de salvamento, com 48 ocorrências neste ano ante 62 da temporada passada.