A Associação dos Usuários da Plataforma de Atlântida (Asuplama) quer ouvir a população sobre o que deve ser melhorado na estrutura. Uma espécie de audiência pública será realizada no dia 15, às 11h, no terraço da plataforma, para apresentar o cronograma de revitalização e receber sugestões.
— Nosso grande desejo é que as duas próximas gerações tenham uma plataforma para pescar e se divertir com a família. Ou seja, mais 50 anos — diz o presidente da entidade, José Luís Rodrigues Rabadan.
A Plataforma de Atlântida completou 50 anos em 2020. Entre as fortes ressacas no mar que atingiram a estrutura, a mais forte foi em 1997, quando houve a queda de um dos braços — a plataforma, que era em "T", passou a ser em "L".
O último dano sofrido ocorreu em julho de 2019, quando cerca de 50 metros de mureta foram derrubados pela força das ondas no chamado braço norte, que ficou fechado para recuperação por quatro meses. O mesmo local havia sido reconstruído após ser fortemente danificado por uma ressaca em 2016.
Usuários, políticos, empresários, representantes da construção civil e de condomínios, entre outros, foram convidados para a apresentação do projeto de revitalização. O objetivo da associação é primeiro saber quais as demandas da sociedade para elaborar uma espécie de termo de referência sobre o que não pode ficar de fora da reforma. Depois disso, um edital será publicado para que propostas sejam apresentadas.
— A gente está em busca de parceria. Então, o projeto vencedor a ser executado será patrocinado por esses nossos parceiros — explica Rabadan.
Segundo o presidente da Asuplama, a meta é de que até final de agosto deste ano já se tenha o vencedor do concurso. Não há uma estimativa de valores a serem investidos. Quem bancar a revitalização, conforme Rabadan, poderá explorar espaços da plataforma, como, por exemplo, instalando um restaurante ou divulgando sua marca em painéis publicitários.
Uma das sugestões que já chegaram informalmente à associação é para que seja construída uma capela. Segundo Rabadan, é frequente o pedido de usuários de um espaço para orações no local.
Um dos articuladores dessa mobilização é o deputado federal Jerônimo Goergen (Progressistas). Para ele, a participação da sociedade será fundamental para entender qual o melhor equipamento a ser entregue.
— Já sabemos que há o interesse público em poder contar com restaurante, quiosque e lojas. Mas sempre surgem novas ideias que podem melhorar ainda mais o processo. Portanto, é fundamental que as pessoas participem e mandem suas sugestões — destaca o parlamentar.
Ainda de acordo com Goergen, o modelo de concessão que será aplicado no Cais Embarcadero, em Porto Alegre, pode servir de inspiração para o futuro projeto da Plataforma de Atlântida.