A ressaca que castigou o Litoral Norte gaúcho entre a sexta-feira (5) e durante o final de semana derrubou parte da mureta da plataforma de Atlântida, em Xangri-Lá. Cerca de 30 metros dos guarda-corpos do braço norte da estrutura foram destruídos.
A plataforma é construída em formato de "L", e o braço norte é o trecho frontal da estrutura, todo dentro da água, a uma altura aproximada de cinco metros em relação ao nível do mar.
— Foi apenas uma onda que lambeu totalmente aquela área — afirma Celso Antonio Zugno Filippini, presidente do conselho deliberativo da Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama).
Conforme o presidente da entidade, José Luís Rodrigues Rabadan, o acidente ocorreu na madrugada de sábado (6). Não havia pescadores no local e, desde o dia anterior, a plataforma estava sob alerta.
— Sempre que ocorre ressaca, preventivamente, impedimos o acesso — afirma Rabadan.
Ele conta que algumas muretas apenas tombaram, mas outras foram empurradas pela força da água por até dois metros de distância. Os guarda-corpos são de concreto e tijolos vazados. No começo do ano, foram remodelados, atendendo pedido do Corpo dos Bombeiros para aumentar a segurança de usuários e visitantes.
Rabadan lembrou que a ressaca de outubro de 2016 provocou estragos maiores em toda a estrutura – causou a interdição do braço norte da plataforma até o final de 2017. Uma reunião do conselho deliberativo, agendada para terça-feira (9), em Porto Alegre, deverá definir o cronograma de execução das obras de restauração.
— Vamos começar a refazer as mureta de 10 em 10 metros, e liberando os espaços aos poucos. Acredito que até agosto tudo estará pronto —acrescenta.