Nem mesmo as ações de conscientização da Brigada Militar e apreensões de caixas de som durante o Carnaval impediram as aglomerações pela quarta noite seguida em Atlântida e Capão da Canoa. Policiais militares circularam pelas areias das duas praias ao longo da tarde e noite passadas para pedir que as pessoas evitassem junções em razão da pandemia.
Quinze termos circunstanciados foram firmados com apreensões de caixas de som. Em Capão da Canoa, o forte da aglomeração ocorreu até por volta das 20h, quando teve dispersão por parte dos policiais com viaturas.
Mas por volta de 1h, o público voltou a ficar grande ao lado de um quiosque que é tradicional ponto de encontro, a cerca de 500 metros do Largo do Baronda.
Já em Atlântida, a festa na areia, nas proximidades da guarita 85, em frente à Avenida Central, estendeu-se ao longo de toda a madrugada. Jovens chegavam de carro e a pé, com coolers com bebidas alcoólicas e alguns com caixas de som. Eram levados por familiares e outros por veículos de aplicativo. A BM estima mais de mil pessoas no local. Alguns jovens ainda tentavam sair da areia para as dunas e calçadão e eram impedidos pelos policiais.
— A opção de ir para rua e se aglomerar é da sociedade. O balanço é de um Carnaval plenamente positivo — avalia o major Aurélio da Rosa, comandante do 2º Batalhão de Áreas Turísticas, responsável pela segurança do perímetro de Torres a Nova Tramandaí.
Para o oficial, apesar das aglomerações, não houve confusão e algo que virasse uma ocorrência policial.
— Não tivemos uma briga. Não foi festa de traficância, de uso de drogas. Realmente houve aglomeração, mas o meu balanço é de conclusão da missão Carnaval com êxito total — acrescenta.
Uma situação curiosa chamou atenção do major, em Atlântida. Uma senhora num carro que recém havia deixado uma jovem na festa, andou cerca de 10 metros, abriu o vidro e xingou o policial militar, dizendo que eles deveriam acabar com a aglomeração.