Novos focos de lama apareceram na Praia do Cassino, em Rio Grande, neste final de semana, e chamaram a atenção dos veranistas e de órgãos ambientais. A Superintendência dos Portos do RS emitiu uma nota afirmando que o fenômeno é resultado do movimento de um bolsão de lama que estava em frente à praia desde novembro. Além disso, o comunicado recomendou a interdição do banho em pelo menos cinco pontos.
Segundo o Porto, a chegada da lama à praia foi motivada pelas ressacas da costa gaúcha nos últimos dias. Em dezembro, já havia sido emitido comunicado sobre a possibilidade do fenômeno, que se confirmou agora. Na época, o aparecimento desse bolsão foi relacionado às fortes chuvas.
O diretor de Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança dos Portos, Henrique Ilha, afirmou que a recomendação para a interdição do banho se deu porque, mesmo que a maior parte dessa área não tenha lama na faixa de areia, não há segurança total para os banhistas entrarem na água. Isso acontece, segundo Ilha, porque o mar apresenta lama nos primeiros metros de profundidade.
— É uma questão de segurança. Acredito que em poucos dias, até a próxima semana, a praia já estará sem a presença da lama — afirmou Henrique Ilha.
O comandante da Operação Verão no Litoral Sul, Major Marcelo Carvalho Soares, disse que a recomendação por parte do Corpo de Bombeiros é de que as pessoas não entrem no mar entre as guaritas 17 e 22 na praia do Cassino. Segundo o comandante, nos próximos dias os guarda-vidas estarão trabalhando para orientar os veranistas para não se banharem nos locais de lama.
— A nossa projeção com a orientação é fazer com que as pessoas não entrem no mar em locais que têm lama. Conforme nossas próximas avaliações, poderemos até colocar uma bandeira preta sinalizando que o mar não tem condições de banho. O importante é não termos as pessoas nesse locais — orientou.
Segundo do Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira, os eventos de lama fluída possuem mais de 100 anos de ocorrências públicas registradas. Fenômenos como esse aconteceram recentemente em 2014, 2016, 2018 e 2019.