Pelo menos 8,6 mil lesões causadas por águas-vivas foram registradas no litoral do Rio Grande do Sul nos últimos seis dias, segundo o Corpo de Bombeiros. Os números foram contabilizados entre 21 e 26 de dezembro. A maioria dos casos ocorreu no Litoral Norte. No Sul, apenas 30 incidentes foram registrados, segundo a corporação. O montante é 596,78% maior do que o apontado no mesmo período do ano passado — 1,2 mil.
O calorão dos últimos dias e o mar calmo contribuíram para essa elevação, segundo o chefe de Operações e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros, major Isandré Antunes.
— No Natal do ano passado, tivemos instabilidade climática e, consequentemente, menos pessoas na água, o que diminui o número de incidência.
Antunes afirma que o banhista deve procurar a guarita de guarda-vidas mais próxima logo após ser tocado pelo animal para receber os primeiros socorros. Em seguida, o recomendado é procurar um posto médico para avaliar a gravidade do ferimento, pois "cada pessoa tem uma reação diferente à toxina liberada pelas águas-vivas".
— O ideal é não colocar água da torneira sobre o ferimento, porque essa água tem cloro, que pode aumentar a área lesionado. O melhor é colocar um pouco de vinagre para diminuir o incômodo e a dor. Se for colocar gelo, coloque em um saco plástico para evitar o contato direto com a pele. A possibilidade de procurar o atendimento médico nunca pode ser afastada.
Segundo o major, após sofrer a lesão, o banhista deve sair imediatamente da água. O local onde ocorreu o incidente será imediatamente sinalizado pelos guarda-vidas.
Até o dia 26 de dezembro deste ano, 52 salvamentos foram realizados em todo o Estado — 40 no Litoral Norte, um no Litoral Sul e 11 em águas internas (praia de água doce, costa doce, rios e lagoas). Nenhuma morte por afogamento foi registrada até o momento, conforme os bombeiros.
O major destacou que os guarda-vidas estão intensificando as operações preventivas na beira da praia e orientando os banhistas sobre a demarcação da faixa de banho, para evitar incidentes.
Em caso de queimadura
- Não esfregue o local queimado.
- Cobrindo os dedos com uma camiseta ou toalha, retire os eventuais tentáculos que ficarem grudados à pele. Um palito de picolé também pode ser útil.
- Lave o local com água do mar ou mineral. Jamais utilize água doce (da pia ou do chuveiro, por exemplo).
- Procure a guarita de guarda-vidas mais próxima para aplicar vinagre, que proporciona o alívio da dor.
- Depois de meia hora, um banho morno é benéfico.
- Se o paciente tiver febre, pode tomar um antitérmico. Algumas pessoas desenvolvem reação alérgica, com vermelhidão, prurido e coceira. Antialérgicos e analgésicos também podem ser necessários.
- Pomadas com neomicina e cremes hidratantes são indicados. Os melhores hidratantes são aqueles com a menor quantidade de produtos químicos _ quanto mais água na fórmula, melhor.
- Quando a queimadura for muito extensa e se o quadro geral do paciente for ruim, busque atendimento médico.
- Se o banhista for queimado nos olhos, é preciso procurar um pronto-atendimento com urgência em busca da avaliação de um especialista.
Como será a cobertura de verão de GaúchaZH
Todos os anos, no verão, GaúchaZH envia equipe de reportagem ao Litoral Norte, principal destino dos gaúchos no veraneio. Reportagens de comportamento, tendências, condições de infraestrutura e o acompanhamento em tempo real do trânsito fazem parte de uma cobertura integrada que envolve Zero Hora, Diário Gaúcho, Rádio Gaúcha e RBS TV. Nessa temporada, nossos repórteres e profissionais de imagem terão duas bases desde quinta-feira (26) até 26 de fevereiro, Capão da Canoa e Tramandaí, mas circularão por todas as praias da região. Para enviar sugestões de pauta, escreva para maria.horn@zerohora.com.br ou rosangela.monteiro@zerohora.com.br.