Seguindo o ritmo do fim de semana de calor, céu e mar azuis e vento quase nulo à beira-mar, a segunda-feira de Carnaval foi de movimento total na orla de Tramandaí, no Litoral Norte. No começo da tarde, milhares de mesas, cadeiras e guarda-sóis tomavam as areias da praia.
Com uma bandeira do Rio Grande do Sul e outra de seu país anexadas ao carrinho com cangas, batas, chapéus, bonés e pulseiras, o senegalês Bathie Gueye conta que, apesar da superlotação – na noite de domingo, o movimento era tamanho que era difícil circular pelas vias centrais da praia –, suas vendas já foram melhores.
– Está com um movimento bom, mas para as vendas, é como se fosse só mais um fim de semana. Graças a Deus não está chovendo – comentou o vendedor, que traz batas do Senegal para comercializar no litoral gaúcho.
Se para o comércio de roupas e acessórios o feriadão não teve muito de extraordinário, para quem estava a passeio, havia muito o que comemorar. Entretido com um boné que lhe servirá em 10 ou 15 anos, o pequeno Matheus, um ano, aproveitava seu segundo veraneio ao extremo: conservava ao redor da boca os resquícios de um picolé de chocolate saboreado após brincar na água. Natural de Porto Alegre, o menino experimentava com a mãe e a avó, que o levava no colo, um dos melhores finais de semana da temporada.
– A água está maravilhosa. Não perde para as praias de Santa Catarina – observou a avó Zélia Crisostomo, 60 anos.
O tempo e a paisagem propícios para ficar na orla devem prolongar o feriado da família, que chegou a Tramandaí no sábado, depois de três horas de viagem. Enquanto Matheus poderá aproveitar para brincar um pouco mais, mãe e filha se asseguram de voltar apenas quando não houver chances de pegar engarrafamento.
– Temos apartamento aqui, então vamos ficar mais uns dias. E voltar quando passar o movimento – contou Zélia.