A folia do sábado de Carnaval não inibiu o movimento na praia neste domingo. Milhares de pessoas ocupavam a faixa de areia – e o mar atipicamente azul – de Tramandaí no final da manhã.
Em um grupo de mais de 10 amigos vindo de Santa Maria, na Região Central, Ana Paula Campos, 40 anos, dava continuidade à festa iniciada no dia anterior tomando uma cerveja à beira-mar. Depois de mais de oito horas de viagem, incluindo o congestionamento que marcou o sábado de quem rumou para o litoral norte gaúcho, ela aproveitou para se divertir no blocos de Carnaval que movimentaram a beira-mar à noite. Depois de passar o dia na praia, tinha planos de voltar a cair na folia no domingo.
– É Carnaval, não dá para dormir. O banho de mar ajuda a combater a ressaca – disse a técnica em enfermagem.
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Sob uma barraca, outro grupo de amigos repousava à sombra, nutrindo planos para domingo. O contrário dos santa-marienses, no entanto, não tinham festejado no sábado. Após um evento frequentado por alguns na noite de sexta-feira, a ressaca acabou frustrando a saída no sábado à noite.
– Ontem foi água e repouso. Mas estamos programando para fazer alguma coisa hoje – contou o vendedor Régis Thoen, 41 anos.
Embora não haja um fórmula mágica para sanar uma noite de excessos, segundo a nutricionista Fernanda Bortolon, é possível amenizar o mal-estar com alguns cuidados simples. Tomar muito líquido, sem álcool, e fugir do sol são o melhor ponto de partida para uma boa recuperação.
– O álcool demora para ser eliminado do organismo. Ficar à sombra, tomando uma água de coco, e evitar se expor é uma forma de se resguardar para os outros dias – aconselha.
A alimentação também é importante no processo. Preferir frutas, verduras e comidas leves em detrimento de lanches gordurosos e frituras é essencial para não sobrecarregar um fígado já castigado pelo consumo de álcool.
Não há, segundo a profissional, relação entre um banho de mar e o alívio da ressaca. Apesar de possíveis efeitos benéficos serem mais uma percepção particular que uma método válido para curar a ressaca, ele não chega a ser desestimulado.
– É uma percepção mais particular. Mas se a pessoa vai se refrescar no mar, pode ser que se sinta melhor depois – diz Fernanda.