Após uma noite de chuva fraca, as ruas de Capão da Canoa amanheceram inundadas neste domingo. E, a praia, com um número bem menor de veranistas do que no sábado.
A família de Simone Debona, 30 anos, de Sananduva, bem que tentou curtir o dia fora de casa. Acordaram cedo, caminharam na praia, voltaram para casa para o café da manhã e foram de cadeira, guarda-sol e chimarrão para a orla. Por volta das 10h, no entanto, tiveram de sair fugidos da chuva que se intensificava sobre o Litoral Norte.
– Deu meia-hora de praia. Agora vamos para casa, tomar um bom banho, assar um churrasco. E à tarde podemos dar uma volta no camelódromo ou então irmos no cinema – planejava a veranista, protegida pelo guarda-sol que fazia as vezes de guarda-chuva.
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E teve aqueles que nem se arriscaram a pegar chuva na orla. Preferiram ficar em casa, jogando conversa para fora e esperando o sol voltar. Enquanto isso, divertiam-se com um dos passatempos clássicos para os dias de chuva na praia: as palavras-cruzadas. É o que faziam Lauren, 25 anos, a mãe, Tânia, 54, e o pai, Clênio Tessaro, 63, pouco antes do meio-dia do domingo.
– Tomamos um mate, um bom café, e agora estamos aqui tentando descobrir estas palavras. Depois pode sair uma caipirinha, uma canastra e, mais tarde, tem jogo do Grêmio contra o Passo Fundo – disse Clênio, elencando o planejamento do dia.
Não tem mau tempo para a família, que veio de Santo Ângelo. Desde a última quarta-feira, pegaram dias de sol, aproveitaram um sábado nublado na orla e, com bom-humor, encararam o domingo chuvoso.
– Com chuva ou com sol, a gente está aqui é para descansar – resumiu Tânia.
Os veranistas de fé, que acreditaram que o tempo instável poderia mudar e, por isso, postergaram a volta para a casa neste domingo, ganharam uma tarde de domingo com sol - ainda que com algumas nuvens.
Laura Alves, sete anos, que veio com a família de Canoas, curtia o restinho do fim de semana treinando tênis na praia. Com a raquete, a menina batia em uma bolinha presa em um elástico, que ia e voltava com a ajuda do pai, o administrador Fábio Alves. Pouco adiante, a mãe, Michele, olhava a cena com graça, contente com a melhora no tempo:
– O sol foi aparecer na finaleira do fim de semana, mas tudo bem. Estávamos todos na expectativa de que ele desses as caras. Agora só espero não termos de enfrentar tranqueira na volta para a casa – disse a veranista.