Mais de 70 praticantes de stand up paddle (SUP) se lançaram às águas do Rio Tramandaí, no Litoral Norte, na tarde deste sábado, para a segunda edição da Travessia dos Jacarés, numa celebração do esporte em contato direto com a natureza.
O ponto de partida do evento, promovido pela Kitesul, foi em Atlântida Sul. Com diferentes níveis de experiência, de iniciantes a tarimbados, os remadores chegaram portando suas superpranchas, de cerca de três metros de comprimento, a partir das 15h. Os trajes variaram de biquínis e sungas a mangas compridas e chapéus com abas, para os mais temerosos dos efeitos da longa exposição ao sol. Houve farta distribuição de bananas e água.
– A ideia é divulgar cada vez mais o esporte, proporcionar qualidade de vida às pessoas, tirar esse estresse do dia a dia – definiu Cristiano de Oliveira, o Alemão, 29 anos, um dos organizadores.
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À margem do rio, os supistas receberam instruções de segurança para o percurso de 16 quilômetros até a ponte que liga as praias de Tramandaí e Imbé. No caso de cansaço excessivo ou outro tipo de mal-estar, deveriam utilizar o código de segurança para pedir ajuda: sentar-se na prancha e erguer o remo.
Durante a passagem de motos aquáticas e barcos, que movimentam a água, o indicado seria evitar o confronto direto com as ondas, sentado ou de joelhos, até o rio acalmar outra vez. Remando a favor da correnteza, os esportistas não precisariam empreender esforço permanente para avançar – bastava equilibrar-se e seguir adiante, curtindo o passeio.
– Essa união pelo esporte é a coisa mais linda! – vibrou o professor de SUP Matheus Albernaz, convocando a turma para a largada.
Os menos experientes saíram antes, sendo seguidos pelos atletas com mais traquejo. Foram três paradas para descanso e hidratação. Prevista para durar entre 2h e 30min e 3h, a travessia acabou se estendendo por 3h e 30min, mas ninguém desistiu no meio do caminho. Estreante em percursos longos, o administrador Alessandro Oliveira, 43 anos, praticante do esporte há cinco, afirmou que o esforço valeu a pena:
– É cansativo, mas compensador. Vimos várias belezas naturais.
Ângela Korzenowski, 42 anos, cirurgiã-dentista, estava apenas em seu terceiro contato com a prancha e o remo. Depois de apenas duas aulas, foi incentivada pelos professores a participar da Travessia dos Jacarés, e não se arrependeu – disse que o trajeto foi tranquilo, apesar de extenso.
Sofia, seis anos, acompanhou o pai, o policial militar Carlos Lombardo, 43 anos, brincando sobre a prancha e até tirando um cochilo de 15 minutos, coberta por uma toalha. Chegou à ponte com frio, batendo queixo, mas ainda empolgada com a aventura.
– Achei radical! – descreveu a mascote do grupo.