Os dados sobre salvamento neste verão
Os salva-vidas não têm tido descanso neste verão. Desde o início da Operação Golfinho, em dezembro, o litoral gaúcho registra uma média de 20 salvamentos por dia.
Apenas no Litoral Norte, onde há o maior índice de banhistas que ultrapassam os limites, cada dupla de profissionais - que totalizam 1.054 em todo o Estado - atuou, na média, em um caso de afogamento.
Já são 508 salvamentos em 25 dias, índice que acende o alerta em pelo menos dois aspectos: se por um lado há muitos veranistas descumprindo as orientações de segurança, por outro há locais movimentados que não recebem guaritas - ou as têm em condições precárias.
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É o caso de uma estrutura improvisada erguida em Tramandaí, nas proximidades do limite com Imbé, onde uma cadeira de plástico e, quando está calor, um guarda-sol, são os únicos equipamentos dos profissionais em uma área considerada perigosa para os banhistas.
A operação feita em conjunto entre bombeiros, polícia e prefeituras busca contemplar os principais pontos de encontro de veranistas, mas seja por falta de orçamento, seja por número insuficiente de profissionais, nem todos os locais com grande fluxo de pessoas são contemplados.
- Temos critérios para montar as guaritas: priorizamos lugares públicos e movimentados. Ainda assim, estamos em avaliação permanente de novos pontos e cogitamos erguer novas instalações em praias com muita movimentação e risco de afogamentos - afirma o coordenador-geral dos salva-vidas da Operação Golfinho, tenente-coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior.
Diante da falta de guaritas em alguns pontos e da preocupação com a segurança dos banhistas, os salva-vidas orientam que se evite o banho em locais sem balneabilidade e onde não haja equipes por perto que possam trabalhar no resgate.
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Mesmo onde foram instaladas guaritas, porém, corre-se o risco de não encontrar salva-vidas. Na última semana, uma estrutura foi destruída por um raio em Curumim e já reerguida. Já em Imbé, apenas pedaços de madeira restaram de outra instalação, onde os profissionais agora se dividem em turnos sob o sol.
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Para o major Julimar Fortes, chefe de operação da 45º Operação Golfinho, o indicado é que os veranistas, mesmo que habituados ao mar, evitem se expor ao risco de correntezas, repuxos e ventos fortes, comuns no litoral gaúcho. Mesmo que as águas aparentem calmaria, ele recomenda que, antes de entrar mais fundo no mar, os veranistas procurem a orientação dos salva-vidas. Segundo Fortes, o número de salvamentos tem sido elevado por imprudência dos banhistas.
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