O Estado de Ohio, nos Estados Unidos, votou nesta terça-feira (7), a favor de incluir proteções do direito ao aborto à Constituição Estadual. Trata-se do mais recente projeto da crescente onda de votos pró-direitos ao aborto que tem surgido nos últimos meses ao redor do país. Esta onda está ocorrendo tanto em Estados controlados majoritariamente por republicanos quanto em Estados de democratas, e dá sequência aos protestos pela derrubada da proteção federal ao aborto, que aconteceu no ano anterior nos EUA.
No dia da eleição, nesta terça-feira, os eleitores de Ohio consideraram duas iniciativas de votação em todo o Estado: a garantia de acesso ao aborto e a legalização da maconha.
Desde que a Suprema Corte derrubou a famosa decisão Roe vs. Wade, que protegia o aborto em nível federal, a questão dos direitos reprodutivos da mulher foi deixada a cargo de cada Estado, onde alguns residentes fizeram pressão para acrescentar medidas de votação e votar diretamente sobre o assunto.
As medidas de votação de terça-feira em Ohio incluíram a Questão 1, que acrescentou à Constituição Estadual o direito ao "tratamento médico reprodutivo" e impediu a proibição do aborto antes que o feto seja viável ou em prol da saúde da mãe.
O segundo tema na cédula, a Questão 2, é a iniciativa de legalização da maconha. Os votos favoráveis tornaram Ohio o 24º Estado americano a legalizar a maconha para uso recreativo ou pessoal para adultos maiores de 21 anos. Também foi aprovado e regulamentado o cultivo e a venda de maconha para pessoas com 21 anos ou mais.