
A baixa taxa de natalidade no Japão e o envelhecimento da população são um risco para o país - afirmou o primeiro-ministro, Fumio Kishida, nesta segunda-feira (23), prometendo criar uma agência estatal para ajudar a solucionar o problema.
A taxa de natalidade vem diminuindo em várias nações desenvolvidas. No caso do Japão, porém, a situação é ainda mais grave, ao se considerar que o país é o segundo com a maior proporção de pessoas com mais de 65 anos no mundo, depois de Mônaco, conforme dados do Banco Mundial.
— O número de nascimentos caiu para menos de 800 mil no ano passado, segundo estimativas — disse Kishida, no início de uma sessão parlamentar.
— O Japão está no limite de continuar funcionando como uma sociedade — afirmou o premiê, que prometeu "concentrar a atenção em políticas relativas às crianças e à infância como uma questão que não pode esperar e não pode ser adiada".
De acordo com o líder conservador, as políticas, que incluem a criação de uma Agência para a Infância e a Família em abril, serão direcionadas para dar suporte aos pais, visando a garantir a segurança da terceira maior economia do mundo. Ele também espera que o governo dobre os gastos em programas relacionados com a infância.
— Devemos construir uma economia social que priorize a infância para reverter a (baixa) taxa de natalidade — afirmou.
O Japão tem uma população de 125 milhões de pessoas e vem enfrentando problemas para administrar o crescente número de idosos no país.
A taxa de natalidade está se desacelerando em muitos países, devido a fatores como o alto custo de vida, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e a decisão das pessoas de terem filho mais tarde.
Segundo dados oficiais, no ano passado, a população da China diminuiu pela primeira vez em seis décadas.