Morreu na segunda-feira (31), em Porto Alegre, o ex-deputado estadual Idivar Francisco Appio, aos 74 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). O sepultamento vai acontecer em Vacaria, na Serra, nesta terça-feira (1º) às 16h. Ele deixa a esposa Helena Leonardelli e dois filhos.
Filho de Luís Appio e de Cebila Brugnarotto Appio, ele nasceu em Tupinambá, distrito de Lagoa Vermelha, no norte do Estado. Antes da vida política, passou por rádios do Interior como locutor. Em 1963 ingressou na Rádio Cacique, onde atuou como locutor esportivo. Três anos depois foi morar em Vacaria para trabalhar na Rádio Esmeralda e em 1967 mudou-se para Erechim, onde participou da cobertura do campeonato gaúcho de futebol.
Em 1976, passou em um concurso do Banco do Brasil e passou a trabalhar em agências de Erechim e Lagoa Vermelha. Em 1978 foi transferido para uma agência de Vacaria, e continuou com o trabalho em rádios locais.
Em 1985, Appio começou a vida política com a filiação no Partido Democrático Social (PDS). No ano seguinte, se candidatou pela primeira vez a um cargo na Assembléia Legislativa. Em 1988 se lançou como candidato a prefeito de Vacaria, perdendo a eleição por menos de 3% dos votos. A primeira vitória foi em outubro de 1990, quando foi eleito deputado estadual, reeleito em 1994. Depois exerceu outros três mandatos, um deles como deputado federal entre 2003 e 2007.
Ainda em 2003, tornou- se líder do Partido Progressista (PP), do qual era integrante desde 1998. Ao longo do mandato na Câmara dos Deputados foi membro titular da Comissão de Viação e Transportes, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tráfico de armas e da Frente Parlamentar por um Brasil sem Armas.
Em sua vida pública, se destacou pela defesa dos direitos dos motoristas de caminhão. Foi um dos fundadores da ONG SOS Caminhoneiro, de apoio a buscas de motoristas desaparecidos e amparo às famílias.
Em 2014, depois de concorrer mais uma vez à uma vaga na Assembleia Legislativa, não se elegeu e decidiu encerrar a vida política. Em entrevista Pioneiro em 2017, Appio afirmou que depois de concorrer 10 vezes, acreditava que os eleitores queriam uma renovação.
— O número de cadeiras do PP na Assembleia caiu muito, e tomei a decisão de não participar mais do processo eleitoral porque creio que cumpri com a minha missão. Me dediquei ao Partido Progressista até em eleições que eram impossíveis, como a eleição para prefeito em Vacaria em 2012, quando ninguém queria concorrer porque o prefeito do PT era considerado imbatível — declarou na época.