Com o início do mês de setembro, o movimento NoFap volta a ser comentado nas redes sociais. Trata-se de um desafio no ambiente digital que tem como objetivo combater a prática da masturbação excessiva motivada pelo consumo de pornografia. É formado majoritariamente por homens heterossexuais, mas também engloba mulheres e membros da comunidade LGBT+. As informações são do portal Uol.
A expressão NoFap é derivada das palavras inglesas "no", que significa "não", e "fap" que é uma gíria referente à masturbação. Em tradução livre, significa algo como "não à masturbação".
O desafio começou em 28 de agosto de 2009 a partir da postagem de um internauta no fórum 4chan. Em pouco tempo, o conteúdo viralizou e o uso da hashtag #NoFapSeptember começou a crescer. Além disso, a mensagem acabou replicando-se para outras línguas e sites. Em 31 de agosto daquele ano surgiu o primeiro post em português sobre o assunto em um fórum do jogo online Tíbia e um verbete no Urban Dictionary em 1º de setembro do mesmo ano.
Com o crescimento do assunto no ambiente digital, o movimento acabou se tornando um estilo de vida. Em 2011, o norte-americano Alexander Rhodes criou um site baseado em NoFap que incentivava os homens a abandonar o vício em pornografia e a aderirem à mudança de hábito não somente no mês de setembro. Na plataforma, os usuários podem acessar fóruns, artigos e aplicativos para "se curar de disfunções sexuais induzidas por pornografia, melhorar seus relacionamentos e, ultimamente, viver suas vidas de modo mais gratificante", como diz no anúncio.
Atualmente, o NoFap é replicado principalmente nas redes sociais, como o Twitter, e engloba majoritariamente jovens de 15 a 25 anos. Nessas plataformas, os internautas trocam experiências e se ajudam mutuamente para o cumprimento do desafio. Em grupos, há algumas regras básicas como não se masturbar, não consumir ou replicar conteúdos pornográficos e não transar com "coisas não humanas". Existe ainda um chat chamado de "Tribunal de Jerusálem", em que um participante que pode ter descumprido algum dos itens explica sua situação e outros internautas decidem se o desafio foi validado ou não.
O movimento no Brasil
O movimento NoFap também repercute entre brasileiros. Ele motivou a criação de uma extensão de navegadores feita pelo coletivo de desenvolvedores Metflix Lab, que propõe o bloqueio de sites com conteúdos pornográficos.
No país, os internautas se reúnem principalmente no Twitter, WhatsApp e no Discord, rede social destinada principalmente para quem joga online.