A falta de contato das crianças com seus amigos e colegas da mesma idade devido ao distanciamento social causado pela pandemia de coronavírus é uma das causas para que elas intensifiquem o uso de videogames, por exemplo. Mostrar outras perspectivas de brincadeiras é uma opção para largar o joystick, defendem especialistas. Confira:
1. O poder de brincar
A psicóloga Bianca Stock observa que a total falta de contato das crianças com seus amigos e colegas é uma perda inestimável para o desenvolvimento de habilidades sociais e da inteligência emocional, mas que essa restrição é necessária para salvar vidas.
Contudo, a especialista pontua que não se pode subestimar a capacidade de brincar dos pequenos:
— Temos de ampliar esse repertório do brincar, mostrar outras possibilidades e reservar um tempo de qualidade dedicada à conexão com o filho. Estamos vivendo a quarentena desde março. Esse período não pode ser visto como uma sala de espera, na qual estamos no aguardo da abertura da porta para começarmos a viver. O viver é agora, é dentro deste contexto. É necessário encorajar os pequenos a lidar com o tempo livre e o ócio.
2. Olhe para você mesmo
Tentar achar caminhos para poder fazer outras coisas que não seja o mesmo. O psicanalista Julio Cesar Walz afirma que o adulto deve parar de achar que seu filho está intoxicado sem perceber que talvez ele também esteja viciado em curtidas ou em saber o que os amigos andam fazendo online.
3. Espaço de conversa entre os pais
Walz sugere a criação de um espaço online de bate-papo entre pais para ver como cada um está tentando ajudar seu filho ou filha. Para, assim, descobrir as ideais criativas que muitos já devem estar executando.
4. Jogos em equipe
Procure ser afetuoso e atencioso com seu filho. Busque proporcionar jogos que os familiares possam jogar juntos, gerando um momento de diversão e parceria, diz a psicóloga Pâmela Dutra.
5. Estimule as partes do corpo e a mente
Pâmela ressalta que é importante deixar a criança explorar bastante um jogo por vez para dar a oportunidade de aprender a saber perder e ganhar, para ser mais tolerante à frustração. Além disso, ela aconselha jogos de estratégia – para estimular o pensamento lógico –, exercícios físicos caseiros e atividades que aprimorem a coordenação motora, como desenhar e pintar..
6. De olho nos conteúdos
Ficar atento aos tipos de jogos que seus filhos estão jogando é crucial, destaca Denise Steibel, psicóloga infantil. Para a especialista, é importante também incluir o pequeno na escolha do game. Os pais devem ajudá-los a decidir se aquele jogo é adequado para a idade dele ou não.
7. Estabeleça um limite de tempo
O tempo destinado aos jogos virtuais deve ser estabelecido e combinado com a criança, e os motivos dessa delimitação precisam ser explicados.
8. Atenção aos sinais
Fique atento às reações emocionais do seu filho, você o conhece e saberá se ele estiver reagindo de forma diferente do que o comum. Caso isso esteja acontecendo, procure um profissional da saúde.