A polêmica em relação à amamentação em público continua. Nesta terça-feira (16), ao ser questionada no Twitter a respeito de sua política em relação ao assunto, a companhia aérea holandesa KLM respondeu que "a amamentação é permitida nos voos da KLM. No entanto, para garantir que todos os nossos passageiros de todas as origens se sintam confortáveis a bordo, podemos solicitar a uma mãe que se cubra durante a amamentação, caso outros passageiros se sintam ofendidos com isso".
A mesma usuária que fez o questionamento rebateu a posição da companhia perguntando se eles acham aceitável pedir a uma mãe que cubra o filho enquanto se alimenta e voltou a perguntar: "Por que a amamentação faria com que alguém se sentisse ofendido? Estou muito curiosa para saber como alimentar uma criança pode ser considerado ofensivo?".
Em nova resposta, a KLM ressaltou que é uma companhia aérea internacional que transporta passageiros de diferentes origens e, por isso, "nem todos os passageiros sentem-se à vontade com a amamentação nas suas proximidades e, por vezes, estes passageiros queixam-se ao pessoal da cabine". A partir daí, muitos usuários começaram a criticar a política da companhia.
Confira o tuíte:
Punição
No Brasil, em março deste ano, o Senado aprovou projeto de lei que veda o constrangimento a mães que amamentem em público. O PLS 514/2015 foi apresentado pela ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e assegura o direito das mulheres de amamentarem seus filhos em locais públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo.
Pelo texto, mesmo havendo espaço reservado para amamentação nos estabelecimentos, cabe somente às mães decidir se querem ou não utilizar o local, e atitudes como segregar, discriminar, reprimir ou constranger mãe e filho no ato da amamentação serão punidas com multa com valor não inferior a dois salários mínimos.