Afinal, o graxaim é o mesmo lobo-guará? É a pergunta que os leitores de ZH estão fazendo desde a publicação mais recente do ZH Doc sobre a pesquisa inédita Lobos do Pampa: ecologia e conservação do lobo-guará no Sul do Brasil, que pretende mapear as áreas onde os lobos-guarás ainda circulam e reverter a possível extinção da espécie.
Segundo o doutor em biologia Carlos Benhur Kasper, professor da Universidade Federal do Pampa e um dos idealizadores da pesquisa, os dois são canídeos, mas o graxaim é comum no Estado e pode ser visto em diferentes ambientes.
– Eles são bem menores do que o lobo-guará. A coloração também é totalmente diferente. Enquanto os graxains são acinzentados, os lobos-guará são vermelhos – explicou numa rede social.
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O lobo-guará quase foi extinto por caçadores interessados na pelagem, por fazendeiros preocupados com os rebanhos, pela expansão agropecuária e urbana e até por crendices populares – uma delas diz que pode dar sorte guardar o olho esquerdo de um guará, como um amuleto, depois de arrancá-lo com o bicho ainda vivo. No Rio Grande do Sul, o lobo-guará só foi fotografado três vezes nos últimos 30 anos. A Fundação Zoobotânica suspeita, inclusive, que ele possa estar perto da extinção regional. Hoje, a população de lobos estaria abaixo de 50 espécimes em todo o Estado.
Confira, abaixo as diferenças entre os dois canídeos:
Lobo-guará
Meio Ambiente
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