A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do medicamento alirocumabe, um produto biológico que poderá ser usado por pacientes que não conseguem manter o controle dos índices de colesterol apenas com os medicamentos atualmente disponíveis, os chamados estatinas. A data de chegada ao mercado brasileiro, no entanto, ainda não foi divulgada.
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O remédio foi registrado na Anvisa pelo laboratório Sanofi Aventis, com a marca Praluent®. Segundo o laboratório, o alirocumabe é indicado na redução do colesterol em adultos nos casos em que as estatinas – medicamentos convencionais – são insuficientes para que o paciente atinja sua meta, incluindo portadores de hipercolesterolemia familiar heterozigótica (quadro genético caracterizado por níveis muito elevados de LDL e alto risco para o coração).
Nos estudos clínicos do programa Odyssey, que avaliam mais de 25 mil pacientes ao redor do mundo, o alirocumabe reduziu o colesterol LDL (o popular colesterol ruim) em cerca de 60%, em comparação com o tratamento padrão com estatinas.
– Trata-se de uma inovação para o tratamento do colesterol alto 30 anos depois do surgimento das estatinas, que em breve estará disponível aos pacientes brasileiros – afirma Pius Hornstein, diretor-geral da Sanofi no Brasil.
Medicamento deve ser associado aos tratamentos convencionais
Segundo o laboratório, o tratamento com Praluent se soma às estatinas e à dieta para o controle do colesterol LDL. O medicamento é injetável, com aplicação subcutânea por meio de uma caneta aplicadora.
O Praluent é um anticorpo monoclonal (gerado a partir do clone de uma única célula que sempre vai produzir a mesma defesa para a doença) que pertence a uma nova classe de medicamentos: os inibidores da PCSK9 – proteína presente no sangue e que provoca a redução do número de receptores de colesterol LDL (também LDL-C ou conhecido popularmente como colesterol ruim) nas células do fígado, o que aumenta o LDL-C na circulação.
Conforme explicação do laboratório, por ser um anticorpo monoclonal, Praluent identifica e inibe a PCSK9 de forma específica. A redução da PCSK9 no sangue leva ao aumento dos receptores de LDL nas células do fígado, aumentando assim a remoção do LDL-C da corrente sanguínea.