Pela primeira vez, pesquisadores utilizaram a análise de genes para investigar o impacto do consumo de café para o organismo. Uma equipe dinamarquesa descobriu que o café não está associado ao desenvolvimento de doenças como obesidade e diabetes, mas também não é um fator que diminui os riscos dessas doenças de "estilo de vida".
O estudo, realizado por uma equipe da Universidade de Copenhague e dos Hospitais Herlev e Gentofte, foi publicado no periódico International Journal of Epidemiology.
No Dia do Café, sete motivos para consumir a bebida
Os pesquisadores analisaram os genes de cerca de 93 mil pessoas por meio de um estudo sobre a população de Copenhague para concluir que o café - uma das bebidas mais consumidas no mundo - não aumenta e nem reduz o risco de desenvolver obesidade e diabetes.
Os cientistas consideraram certo número de genes que afetam o desejo humano por café. De acordo com eles, esses genes são independentes de outros fatores de estilo de vida e assim, foi possível concluir que o café, por si só, não está associado a esses problemas. O que pode ser afirmado com essas conclusões é que pessoas com esse genes "especiais", em geral, bebem mais café do que as outras.
Leia mais notícias sobre saúde e bem-estar
Embora os pesquisadores dinamarqueses não tenham encontrado relação da bebida com diabetes e obesidade, uma série de estudos anteriores dizem que o café pode ser nocivo em determinados casos e benéfico em outros. A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) já alertou para que a bebida seja consumida com moderação por mulheres grávidas. Enquanto isso, uma série de outras investigações sugerem que o café pode ajudar na prevenção de câncer de pele e doenças cardíacas, por exemplo.