Nem só de peru e chester são feitos os cardápios das festas de final de ano. O bacalhau costuma ser um ingrediente muito presente. O que muita gente não sabe, no entanto, é que o bacalhau não é apenas um peixe, mas vários, que passam por um processo de salga e cura. Cinco espécies podem ser vendidas com essa denominação. O mais valorizado, chamado de "o verdadeiro bacalhau", é o da espécie Gadhus morhua, também conhecido como Cod ou bacalhau do Porto.
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Bacalhau do Porto
O Gadus morhua é o melhor e mais caro. O peixe inteiro também é mais largo que as outras variedades. A carne é amarelo-palha e, quando cozida, se desmancha em lascas uniformes. É semelhante ao bacalhau do Pacífico (Gadus macrocephalus), menor, mais barato e de qualidade inferior. Ideal para preparar em postas.
Ling
Distingue-se dos outros por ser bem mais estreito. Sua carne é mais clara
que a do saithe e seu preço também é bastante razoável.
Saithe
Tem carne escura e sabor bem acentuado. Muito mais barato que o bacalhau
do Porto, é bastante popular no Brasil. Como desfia com facilidade, é utilizado principalmente em bolinhos, saladas e ensopados.
Zarbo
O menor de todos os tipos, tem preço relativamente baixo e muita aceitação
no mercado brasileiro. Ideal para apresentação em lascas e preparado com batatas ou arroz.
> Uma dica para a hora de dessalgar: a água deve ser trocada de 8h em 8h.
Dependendo do tamanho do lombo, pode levar até 70h.
> Apesar de não haver bacalhau em águas portuguesas, o bacalhau do Porto recebe esse nome devido a essa cidade ser um importante centro de comércio de peixe seco e salgado que chega em especial da Noruega.
> O mercado brasileiro é um grande consumidor de bacalhau norueguês: por aqui, ficam cerca de 30% dessa produção.
> Os portugueses reúnem mais de 1 mil receitas diferentes para o preparo
do bacalhau.
> Quando dessalgado e hidratado, o bacalhau chega a ganhar cerca de 20% de seu peso.
> Para bolinhos, é bem mais econômico utilizar bacalhau em lascas.