Faltam informações concretas sobre a sua história. Para alguns, a pole dance foi desenvolvida a partir de uma técnica indiana chamada Mallakhamb - uma ioga praticada em poste de madeiras. Outros afirmam que veio dos poles chineses (mastros de circo). O que se sabe, como explica a professora Bárbara Nunes, é que a modalidade se disseminou com o circo e se popularizou no Canadá, em casas de strip tease. Na década de 1990, a pole dance se firmou como exercício físico e, em 2006, se consolidou como a modalidade pole dance fitness. De lá para cá, se tornou cada vez mais procurado por aquelas que querem explorar a feminilidade e manter o corpo no lugar ao mesmo tempo.
"É um exercício que trabalha o corpo todo, mas braços, abdômen, pernas e a postura são os mais exigidos", esclarece Bárbara. A parte de dentro das coxas também é bastante trabalhada, uma vez que, para se prender ao poste, é preciso esforço dos músculos abdutores. Uma aula de pole dance com duração de uma hora queima, em média, 400 calorias. "Quem pratica costuma perceber duas coisas em seu corpo: aumento de peso aliado à perda de medidas. Isso ocorre por causa da alta queima calórica de uma aula, a sustentação do próprio corpo pelos braços ou pernas e o uso constante do abdômen, que aumentam a massa magra. A drenagem é feita pelo atrito da barra com o corpo", explica a professora Damiana Rodrigues.
Os postes, ou pole, não são todos iguais. Há larguras diferentes para combinar com o tamanho da mão de cada aluna - os mais grossas são para as maiores. Para fazer a aula, é preciso deixar a vergonha do lado de fora da sala. A vestimenta sugerida é composta de short curto e top. "Alguns exercícios precisam do contato da barra com a pele para não escorregar e manter as posições", esclarece Damiana. Não há restrições para a prática, mas quem tem problemas na coluna, lesões nas articulações e hérnias precisa de cuidado e atenção especiais por parte do instrutor.
Durante a aula, é feito um alongamento da coluna e a realização de muitos abdominais - esse grupamento muscular é muito exigido durante os exercícios de inversão, em que a aluna fica de cabeça para baixo. Também não se começa logo fazendo uma coreografia. As iniciantes aprendem a executar todos os giros, os movimentos isométricos (em que o objetivo é ficar pendurada sem se mover) e os elementos de transição separadamente. Só as avançadas e aquelas que vão participar de competições partem para as rotinas de exercícios.
Os benefícios da pole dance:
- Braços: tem que segurar o corpo inteiro em grande parte dos exercícios.
- Pernas: na maioria das vezes, estão elevadas e são acionadas nos movimentos em que prendem o corpo ao pole.
- Costas: se arqueiam, esticam e seguram o peso do corpo.
- Abdome: garante que o corpo se eleve, vire de cabeça para baixo.
- Emagrecer: a aula é bem movimentada e, além de treinar os músculos, os exercícios na barra atuam como uma drenagem.