Porto Alegre instalou um Comitê de Mortalidade por Aids para investigar os óbitos pela doença na Capital. O órgão deverá envolver gestores, profissionais e serviços de saúde, e também a sociedade civil em ações de monitoramento da mortalidade, incentivar a integração entre instituições e profissionais da Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde e a área técnica de doenças sexualmente transmissíveis (DST/Aids) e hepatites virais, com o objetivo de planejar medidas de combate de fatores que aumentem o risco de morte.
Além disso, o Comitê irá avaliar periodicamente os principais problemas observados nos estudos de óbitos e as ações implementadas para reduzi-los. Também deverá propor iniciativas para a melhoria da qualidade no atendimento aos casos de HIV/Aids.
Instalado na manhã desta terça-feira, o Comitê conta com representantes de hospitais, ambulatórios, serviços de assistência em HIV/Aids, Unidades de Pronto-Atendimento, coordenações de atenção primária, Vigilância em Saúde, Departamento de Saúde Prisional da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Fórum de Organizações Não-Governamentais e Rede de Pessoas Vivendo com HIV/Aids.
Desde o dia 11 de novembro, Porto Alegre oferece o teste rápido do vírus HIV para gestantes e seus parceiros. O resultado fica pronto em 15 minutos. Se for constatado que a futura mãe é portadora do HIV, o bebê poderá ser protegido. De acordo com a prefeitura, dentro de três meses o serviço deverá ser estendido para toda a população.
A meta é reduzir ao máximo o número de diagnósticos tardios e a transmissão do vírus HIV. Estudos demonstram que 40% da mortalidade por Aids se deve à demora em descobrir a presença do vírus e iniciar o tratamento para conter o desenvolvimento da doença. Quem começa a receber acompanhamento muito tarde tem risco de morte 49 vezes maior.
Vírus monitorado
Comitê vai investigar mortes por Aids em Porto Alegre
Teste rápido de HIV é outra medida para reduzir a mortalidade por diagnóstico tardio
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