O ator Carlos Vereza, sobre sua peça Iscariotes: A Outra Face, reforçou suas opiniões a respeito de discussões políticas e sociais. Em entrevista ao jornal O Povo, o ator elogiou o presidente Michel Temer, criticou o Movimento Sem Terra (MST), além de falar sobre a morte da vereadora carioca Marielle Franco, o Partido dos Trabalhadores (PT) e a TV Globo.
Vereza criticou o discurso "Fora, Temer", proferido por manifestantes contrários ao presidente Michel Temer.
— “Fora, Temer” é de uma pobreza ideológica [...] é ausência de um discurso que seja uma alternativa. [...] É criança zangada que tiraram a chupeta. Qualquer coisa é “Fora, Temer”.
O ator também elogiou o governo, afirmando que o presidente "tirou o Brasil do abismo":
— Ele está recuperando a economia do país, a inflação está lá embaixo, batendo recordes históricos. Isso é o cara que fez, não é o Vereza que está dizendo, são organismos nacionais e internacionais que comprovam isso.
MST e Marielle Franco
Em meio a ataques ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que, segundo Vereza, trata-se de "um grupo terrorista" e uma "organização paramilitar", ele disse também que a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro, é "um cadáver fabricado por eles", mencionando a "ideologia radical sectária de esquerda".
— Essa menina ou foi assassinada pela milícia ou foi assassinada por pessoas que aparentemente compactuam com a ideologia dela. Eles não acreditam em Deus, eles acham que as pessoas todas não passam de massas de manobras adaptáveis ou não aos seus objetivos — declarou.
Sobre o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), Vereza considera-o como uma consequência da "radicalização da esquerda". Entretanto, o ator considera Bolsonaro como um político de direita. Questionado sobre as declarações do pré-candidato a favor da pena de morte e de discursos de ódio, Vereza declarou:
— Essa ideologia é dele, é a plataforma dele, eu não sou a favor, agora ao mesmo tempo a esquerda também prega matar as pessoas, a esquerda está lá. No primeiro dia que o Lula foi preso, eles quebraram os portões da Polícia Federal. A Polícia Federal teve que reagir com bala de borracha e gás, eles inventaram que foram agredidos primeiro.
Gênero
Em uma polêmica recente, Vereza criticou, em seu Facebook, a suposta obrigação de que alunos homens teriam de usar batom no Colégio Pinheiro Guimarães, no Rio de Janeiro (RJ). Na entrevista, o ator disse que é um "absurdo você dizer que sexo é uma construção social" e que isso seria um "plano" para traumatizar crianças.
— Então você começa a atacar biologia, começa a atacar os códigos genéticos, que é XX e XY, agora estão inventando T, W,Z, A, E, I, O, U. Ou você é homem é ou é mulher. As pessoas têm suas opções sexuais respeitáveis, daí a você dizer que nasceu homem porque isso é uma construção cultural, isso é de um ridículo. Isso é um plano, cara, um plano sofisticadíssimo, porque quando você traumatiza uma criança, você vai ter lá frente um adulto manipulado politicamente.
PT e Globo
Em determinado momento, o ator teria sido agressivo com o repórter do jornal O Povo e o teria chamado de petista.
— Eu sei que eu não estou te agradando, você é petista, porque eu sou médium e eu estou vendo no teu perispírito que você é petista.
O repórter nega que seja petista e Vereza responde:
— Você é de esquerda, eu estou vendo na sua aura. Cada coisa que eu falo, sua aura fica assim piscando.
Ao falar sobre a TV Globo, Vereza disse que "90% dos atores e diretos da Globo são petistas". O ator disse que ainda não o demitiram porque "deve ter algum tipo de respeito".
Ao encerrar a entrevista, diz o jornal, o ator pediu desculpas ao repórter por não tê-lo agradado com suas respostas. Ao retirar-se, Vereza ataca-o: “Vá se fuder, porra”.