Em cartaz com o filme Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola, o apresentador e humorista Danilo Gentili participou do programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta-feira (19). O longa, que estreou no dia 12 de outubro e já levou 175 mil pessoas às salas de cinema do Brasil — assumindo a quinta posição dos filmes mais vistos na última semana — também recebeu avaliação negativa da crítica especializada.
Uma das resenhas que reprovou a produção roteirizada e protagonizada por Gentili foi escrita por Diego Bargas, ex-repórter da Folha de S. Paulo. A crítica dizia que o filme ria do bullying e da pedofilia, práticas cada vez mais combatidas em ambiente escolar. Em resposta, Gentili foi ao Twitter reclamar da matéria considerada "mentirosa", e pediu aos seguidores que pesquisassem o nome do jornalista — além de ter divulgado um vídeo da entrevista realizada entre os dois.
Um dia após o filme estrear, Bargas foi atacado nas redes sociais e demitido da Folha de S. Paulo sob a justificativa de o jornal instruir seus colaboradores a não manifestarem opiniões políticas na internet.
Segundo Gentili, o jornalista o encontrou munido de ideias preconcebidas a respeito dele e do filme, tendo, inclusive, uma manchete pronta para a entrevista. Questionado se não havia usado os fãs das redes sociais como "arma" contra Bargas, Gentili negou, dizendo que apenas os usou "como escudo" contra o que considerou uma injustiça.
— Eu não acho que é uma arma, acho que é um escudo. No caso da Folha, não usei para atacar ninguém. O cara (Diego Bargas) não foi honesto. Eu uso a minha rede para mostrar o que aconteceu. Então eu não uso como uma arma, uso como escudo — disse o humorista.
Para Gentili, a imprensa e a classe artística cobram um posicionamento em relação aos limites do humor, o que ele, como humorista, considera desnecessário.
— O público sempre entendeu que piada é uma coisa e vida real é outra. Você vai num show de stand up e as pessoas estão rindo, não estão problematizando nada. Então não é o público, é a meia dúzia de patrulheiro — declarou Gentili.