Com Priscila Nunes / Especial
O T-Cross, na versão topo de linha, justificou a expectativa gerada em torno do seu lançamento. Avançados recursos eletrônicos, espaço adequado e sofisticado acabamento qualificam o utilitário esportivo. No novo test-drive, desta vez rodamos mais 700 quilômetros pelas ruas e estradas gaúchas. O T-Cross repetiu o bom desempenho sem comprometer o consumo de combustível. O Volkswagen T-Cross Highline 250 TSI 2019 tem preço de R$ 109.990, sem os opcionais que aumentam o valor em cerca de R$ 15 mil.
O comportamento do T-Cross Highline surpreendeu pelas qualidades e foi valorizado pelo conjunto propulsor. Depois de rodar nas montanhas de Minas Gerais e na serra gaúcha, voltamos ao Litoral. Como nas situações anteriores, mesmo com os 1.250 quilos do utilitário esportivo, sobrou força e potência na autoestrada entre Porto Alegre e Osório e na BR-101 até Torres.
A jornalista Priscila Nunes, que também conduziu o T-Cross, reafirmou a certeza de que a Volkswagen acertou em cheio com utilitário esportivo.
— Fomos de Porto Alegre até Torres e à divisa com Santa Catarina. Foi a segunda vez que andei no carro. Na primeira foi na Serra e agora até o Litoral. Encarei a estrada sentido Torres /Porto Alegre, na volta com o T-Cross. O visual bonito, espaço interno bom e confortável, seguro e ótimo na hora de dirigir —avaliou.
— A curiosidade repetida em torno do T-Cross chamou a atenção. Geralmente, quando estamos com carro novo, recebemos poucas perguntas, mas, com o T-Cross, a curiosidade foi maior. Tanto na Serra quanto na praia, o carro atraiu olhares curiosos. Respondemos algumas perguntas como "É econômico?", “Anda bem? “Parece o Tiguan", “Ainda não tinha visto na rua esse carro, vale comprar?". Entre outros questionamentos — lembrou.
O 1.4 250 TSI turbo gera 150 cv e força (torque) de 25,5 kgfm combinado com o câmbio automático de seis velocidades. Troca de marchas suaves e silenciosas, direção elétrica macia e precisa, os freios a disco nas quatro rodas com ABS seguraram bem o T-Cross principalmente na autoestrada com limite de 110 km/h.
— Senti segurança ao rodar com o T-Cross. Acelerei dentro dos limites de velocidade e senti bem o comportamento do carro. Como no Jetta, deu vontade de pisar mais forte tanto na freeway quanto na BR-101. Rodovias planas e menos sinuosas em relação às da Serra, a sensação da direção elétrica foi de ainda mais segurança e a suspensão foi perfeita.
Novamente testamos os quatro modos de condução. Para quem gosta de dirigir, o Sport é o recomendado em rodovias como as BRs 290 e 1010.
Ao deixar o T-Cross mais nervoso com respostas mais rápidas permitiu explorar o ótimo motor 1.4.
O baixo nível de ruído interno valorizou o comportamento do T-Cross que manteve o conforto de um carro de passeio com a vantagem da posição elevada de dirigir. A direção elétrica progressiva facilitou manobras de estacionamento e acompanhou a velocidade crescente nas rodovias.
O conforto do utilitário esportivo não foi comprometido pelas condições nem sempre favoráveis de rodagem. As rodovias estavam em boas condições, o que não ocorreu com nossas ruas, em especial, as de Porto Alegre. A suspensão absorveu as irregularidades e pouco sentiu os buracos, lombadas e desníveis da pista.
O consumo de combustível ficou próximo ao do teste anterior com leve vantagem ao atual pelas características da região. Rodamos 700 quilos e com o T-Cross abastecido apenas com gasolina e media final de 14,1 km/l, contra 13,8 km/l da Serra. Na cidade, as médias foram repetidas entre 10,7 km/l a 13,6 km/l, o que também ocorreu na estrada a 110 km/h com 14,3 km/l a 17,8 km/l.
O interior da versão topo de linha Highline remete aos do Polo, Virtus e Jetta.
Acesso por aproximação, partida por botão, revestimento em dois tons no painel, laterais das portas e nos bancos que são revestidos em couro.
Volante multifuncional, ar-condicionado automático com saídas para o banco traseiro, “o quadro de instrumentos digital de 10,25 polegadas programável mostrou as principais informações de forma objetiva e possibilidade ampliar o sistema de navegação foi excelente, principalmente à noite”.
A central multimídia com tela de 8 polegadas sensível ao toque “pareceu maior que realmente é com as linhas pretas brilhantes de acabamento” lembrou Priscila. O Discover Media com navegador GPS e comando por voz funcionou bem. Também é prática a entrada USB no console central para conexão ou recarga do celular”.
O T-Cross é montado sobre a plataforma MQB – a mesma do Polo e do Virtus. O utilitário esportivo tem 4,199 metros de comprimento, 1,56 m de altura e entre eixos de 2,65 m com bom espaço interno para os passageiros. O porta-malas de 373 litros pode chegar a 420 litros conforme a posição do bancos traseiros.
Conclusão: Bem completo, o T-Cross Highline 250 TSI tem conforto, segurança e desempenho adequados. O ótimo conjunto propulsor não exagera no consumo de combustível, mesmo em velocidades elevadas. Os R$ 109.990 da versão topo de linha é compatível com seus principais concorrentes, mas avançam até quase R$ 15 mil reais com os opcionais. Antes de incluí-los, vale uma análise sobre o uso que terão.