Visual atualizado, mais esportivo, recursos de condução semi autônoma e luxuoso acabamento, a nova geração do Edge mudou radicalmente em relação ao modelo anterior. O utilitário esportivo ganhou status e a Ford não exagerou quando destacou a proposta de concorrer com modelos premium como o Jeep Cherokee, o Land Rover Discovery Sport, o Audi Q5 e o BMW e X5. Avaliado por mais de 900 quilômetros em cidades e estradas gaúchas e do Sul catarinense, o utilitário esportivo mostrou que chegou para conquistar o seu lugar. O Ford Edge Titanium custa R$ 229.900. O modelo avaliado contava com os opcionais teto solar panorâmico e as telas de reprodução de DVDs embutidas nos encostos de cabeça dos bancos dianteiros que custam R$ 10 mil.
O porte avantajado do novo Edge é suavizado pelas linhas esportivas. A generosa grade frontal trapezoidal cromada separa os faróis afilados e a assinatura da marca em LEDs. As rodas de 20 polegadas e o friso cromado que contorna as janelas destacam as laterais enquanto amplas lanternas unidas por um linha horizontal em LEDs e o aerofólio na tampa do porta-malas marcam a traseira.
O conjunto propulsor permanece o da geração anterior. O motor V6 3.5 a gasolina de 284 cv e força (torque) de 34,5 kgfm tem sua potência bem distribuída pelo câmbio automático de seis velocidades e tração nas quatro rodas. As trocas de marchas rápidas e suaves garantem bom desempenho ao utilitário esportivo que pesa duas toneladas. Na cidade, o consumo ficou entre 5,6 km/l e 6,7 km/l. Na estrada em velocidade constante de 80 km/h, o Edge fez entre 12,4 km/l e 14,1 km/l enquanto a 110 km/h ficou entre 9,8 km/l e 10,2 km/l. O consumo combinado nos 900 km percorridos em cidades e estradas foi de 9,4 km/l.
Apesar do tamanho avantajado, o que impõe respeito, o utilitário esportivo roda tranquilo na cidade. As manobras de estacionamento são facilitadas pela câmera de ré e sensores dianteiros e traseiros. E, se espaço for reduzido, o assistente ao estacionamento, coloca o carro nas vagas paralelas ou perpendiculares.
No bom pavimento das BRs 290 e 101, o Edge flutuou,mas sentiu os trechos irregulares. Principalmente nas ruas, como em parte do entorno da Lagoa do Violão, em Torres, nas praias do litoral gaúcho e ruas de Porto Alegre. A suspensão macia tende a balançar em curvas fechadas e velocidade elevada.
O sofisticado interior combina o acabamento em couro com apliques cromados, alumínio fosco, preto brilhante e luz ambiente, em LEDs, que pode ser personalizada em sete cores. Os bancos dianteiros, com comandos elétricos, podem ser aquecidos ou refrigerados. As regulagens do banco do condutor e da altura da coluna da direção, também elétrica, facilitam encontrar a melhor posição para dirigir longos períodos sem cansaço. Os ocupantes contam com a proteção de oito airbags (frontais, laterais de cortina e joelhos) e cintos de segurança infláveis.
O Edge é bom de dirigir na cidade e, melhor ainda, na estrada. A partida é por botão e os faróis, faróis altos e limpadores do para-brisa têm acionamento automático, O volante é multifuncional e o ar-condicionado automático digital de duas zonas, tem saída para os bancos traseiros. A central multimídia e o sistema de conectividade SYNC tem tela digital de oito polegadas sensível ao toque e comandos de voz para áudio e telefone, ar-condicionado e navegador, Bluetooth, entradas USB, som Sony e assistência de emergência. No quadro de instrumentos, o mostrador analógico tem nas laterais duas telas de 4,2 polegadas configuráveis e personalizadas. O freio de mão é elétrico. O generoso porta-malas com capacidade para 620 litros leva a bagagem de toda família e pode ser pode ser acionado passando o pé embaixo do para-choque.
Recursos de direção semi-autônoma auxiliam e facilitam a condução e até estimulam o condutor testar os seus limites. A direção elétrica tem assistente dinâmico que ajuda o esterçamento do volante com o carro em baixa velocidade. O controle de cruzeiro adaptativo, com alerta de colisão, monitora o veículo da frente e ajusta a velocidade, mantendo uma distância segura emite um sonoro junto com uma luz vermelha piscante no para-brisa. O alerta de faixa mantém o veículo na pista de rolagem e vibra o volante quando o carro sai do traçado. Tem até o sistema que avisa o condutor quando estiver cansado recomendando parada para um cafezinho. A câmera frontal com visão de 180 graus que detecta a aproximação de pedestres e carros na transversal.
A tela digital em cada banco de trás para reprodução de DVDs chamou a atenção da jornalista Priscila Nunes que também conduziu o Edge. “Imaginei viajar nas poltronas traseiras assistindo algo.”
No decorrer do test-drive, até o litoral catarinense, Priscila teve boas impressões do carro.
- Dirigir o Edge foi uma sensação igual a de ficar nas alturas. O carro é elevado e passa a impressão de segurança e domínio no trânsito. Além do conforto e modernidade, percebe-se logo no início todas as funções completas do SUV com comandos e funções intuitivas. Desde a direção, o painel, o motor e passa pelo design. A cor do carro é diferente, bonita e ousada. Adorei a experiência.
Conclusão: O Edge na versão Titanium é um veículo completo que esbanja conforto, luxo e tecnologia. Apesar do porte, roda bem na cidade e, na estrada, lembra o voo tranquilo de um avião em classe executiva. O conjunto propulsor atende às necessidades do utilitário esportivo inclusive no uso fora-de-estrada. Mas, com tanta sofisticação, precisa coragem para jogar um carro premium de sua categoria, que custa R# 229.900, no barro, na lama ou em trilhas, mesmo urbanas.