A pré-venda do Renault Kwid, lançado na Índia em 2015, começou hoje, mesmo dia de sua apresentação no Salão do Automóvel de Buenos Aires. Com porte de hatch compacto e espaço para cinco pessoas, o Kwid, que lembra um mini-Duster, chega com preço super competitivo, R$ 29.990 a versão mais básica. Para atingir esse valor, 40% das peças do veículo fabricado no Brasil, na planta de São José dos Pinhais (PR) da montadora francesa, serão importadas da índia. O hatch pretende ocupar o lugar do Clio, também da Renault, mas se propõe a ter uma pegada suv.
VERSÃO BRASILEIRA
A versão brasileira do Kwid é diferente da indiana: o nosso é mais sofisticado e mais refinado em função do gosto local e também da legislação vigente no Brasil. Por aqui, o hatch é mais resistente, mais forte, possui novos equipamentos e isolamento acústico reforçado. Também é mais pesado: na Índia, o Kwid tem 680 kg, e no Brasil 840 kg.
O porta-malas do compacto, com capacidade de 300 litros, não tem abertura elétrica, depende exclusivamente da chave para ser aberto. A suspensão elevada é um dos diferenciais do modelo. As molduras das caixas de roda não têm ressalto e os plásticos nas portas possuem adesivos estilizados, conferindo um visual discreto ao Kwid. As rodas são de três furos. Todas as suas versões são equipadas com o motor 1.0 SCe de três cilindros, estreado pelo Sandero e pelo Logan no ano passado. Gera 82 cv com etanol e 79 cv com gasolina, graças ao duplo comando de válvulas variável, na admissão e no escape. O torque chega a 10,5 mkgf com etanol.
TOP DE LINHA
A versão mais cara do Renault Kwid possui ar-condicionado analógico, central multimídia MediaNav, vidros dianteiros (com acionamento no console), retrovisores elétricos, painel de instrumentos com mostradores analógicos e tela de computador de bordo do lado direito. Estes equipamentos estão presentes na configuração mais cara do hatch, que chega a R$ 34.990, e mesmo assim o modelo chega mais barato que seus dois principais concorrentes, o Fiat Mobi e o VW Up!.
Em sua versão de entrada, o compacto vem com quatro airbags (dois laterais e dois frontais) de série, algo inédito entre os subcompactos de entrada. A preocupação com segurança máxima na versão brasileira se dá pela má repercussão gerada pelos resultados dos exemplares indianos em crash-tests. Na Índia, o Kwid virou notícia no ano passado ao zerar os testes de segurança do Global Ncap, programa de avaliação de segurança automotiva. Meses depois, já com reforços estruturais, ele foi pouca coisa melhor, recebeu apenas uma estrela entre cinco possíveis. Então por aqui, segurança redobrada.
A altura do Kwid em relação ao solo (um dos atributos que sugere que o Kwid é o "suv dos compactos"), é maior até que o do Sandero Stepway: fica ao redor dos 19 cm.