Uma foto postada nas redes sociais por funcionários argentinos da Renault antecipou o anúncio que a montadora pensava em fazer apenas no mês que vem: o fim da venda do Clio no Brasil. Ao lado do suposto último modelo, os hermanos posaram com um cartaz no qual garantem ser o último Clio produzido no país, de número 549.948. A Renault iria fazer o anúncio apenas no Salão do Automóvel de São Paulo, que ocorre entre os dias 10 e 20 de novembro.
O Clio vendido atualmente no Brasil está em sua segunda geração (na Europa, já está na quarta) e vem da Argentina. O outro país que fabrica o modelo na América do Sul é a Colômbia, mas a Renault descartou criar uma linha de fornecimento para o Brasil devido aos custos. O carro começou a ser vendido por aqui em 1998 e teve sua última mudança em 2012, quando ganhou nova grade, adaptando-se ao novo visual da marca. As medidas surtiram alguma melhora nas vendas, mas não por muito tempo. Desde 2014, a comercialização do Clio só despenca.
Esse ano, o hatch vendeu pouco mais de 10 mil unidades e, entre todos os modelos de entrada das grandes montadoras, é o que teve pior desempenho. A Renault queria diminuir um pouco o estoque no Brasil (o número não foi informado) antes de fazer o anúncio da descontinuação. Mas a foto dos funcionários, a partir do WhatsApp, logo foi difundida no mundo todo. Procurada pela reportagem hoje, a montadora não quis se manifestar sobre o assunto e, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que "em breve" falará sobre a questão.
Seu substituto já está definido e anunciado: trata-se do Kwid, um espécie de mini SUV no qual a montadora aposta alto. Será a estreia no Brasil do motor de três cilindros, 1.0 de 75cv. O modelo passou por modificações depois que levou nota zero (de cinco estrelas) no crash-test do EuroNCAP – reforçou posteriormente parte da lataria, ganhou uma estrela no teste e, agora, depois de novos reforços, aguarda outro exame.