Em um comunicado bastante singelo, a Fiat confirmou ontem que, a partir de setembro, trará para o Brasil os motores de três cilindros. E o primeiro carro a usá-lo não poderia ser mais tradicional: o Uno, o mais antigo veículo da montadora ainda em atividade. Serão, em princípio, usados apenas na versões 1.0 três cilindros – a nova versão e 1.3 permanecerá com quatro cilindros. De acordo com a fábrica italiana, a linha 2017 "também chega recheada com novas tecnologias".
Uma dos itens que devem aparecer é o star stop (o carro desliga e liga automaticamente ao ficar inativo por mais de três segundos, como em uma parada no semáforo). Por enquanto, o sistema só existe em carros maiores, normalmente de luxo, como Audi A3 e Volvo XC 60, entre outros. Câmbio automático e sistema de conexão também devem aparecer no Uno. Seria uma maneira de a montadora distanciá-lo do Mobi.
A Fiat não confirma, mas outro motivo que força as montadoras a aderirem ao tricilíndrico diz respeito à segunda etapa do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Marcado para 2018, a etapa deve apertar o cerco para que os carros tenham mais eficiência energética, poluindo menos o meio-ambiente. O Start Stop é uma dessas medidas. Embora contribua pouco (menos de 9%) para a economia de combustível, contribui significativamente para o controle antipoluição, sobretudo no uso urbano.
A Fiat não anunciou qual será, a partir do mês que vem, o preço do novo Uno, que hoje é vendido no Estado entre R$ 40 mil e R$ 46 mil.