Não há mais condições de Luan permanecer no Grêmio. Agora não se trata mais de um rendimento nulo e um salário altíssimo que caracterizaram a relação nos últimos dois anos. A noite de terça-feira (10) marcou a participação do meia tricolor num jogo dos "amigos de Émerson Sheik" na Arena Corinthians, em São Paulo. Nada estaria errado se o "ex" — e bota "ex" nisso — Rei da América não tivesse desfalcado o grupo gremista na fase final do Brasileirão por lesão. Dois dias depois de encerrada a competição, ele "se curou", deu entrevistas falando em ainda jogar no Grêmio e foi parar festivamente no estádio do clube que fala em contratá-lo para jogar.
A vida de Luan realmente é festiva. Consagrado pelo Grêmio, muito bem pago pelo Grêmio, tratado pelo Grêmio e, muitas vezes, protegido pelo Grêmio. Ele deve tudo ao Grêmio, mas esquece de respeitar quem o colocou neste estrelato hoje imerecido. Luan não tem mais o que dar ao Tricolor, além de decepções. Onde foi parar a lesão?
O pior para o clube é que não há muito o que fazer. Não é simples se desfazer de um jogador como Luan. Alguns iludidos torcedores ainda o têm como aquele de 2017 e não se dão conta que tal jogador não existe mais. Não há como rescindir o contrato e negociá-lo. Será difícil achar quem pague o que o Grêmio paga. Para o jogador basta dizer que não quer sair antes do final do ano e comparecer todos os meses ao guichê para o polpudo pagamento. A solução? O clube ceder, se é que isto ainda é possível para quem pagou muito e não recebeu nada nos últimos dois anos.
A camisa 7 tricolor, imortalizada por Renato e que teve Paulo Nunes como um bom seguidor, não é mais digna de quem a usou nos últimos anos. Se Luan permanecer, pelo menos troquem o número no uniforme.