O centroavante Felipe Vizeu teve a maior oscilação entre os contratados do Grêmio em 2019. Jogador de Seleção, com potencial e idade para figurar no grupo que se preparará para a Olimpíada de Tóquio, ele chegou a Porto Alegre com muita esperança depositada pela torcida do Grêmio e por quem acompanhava sua carreira nos tempos de Flamengo.
Seus primeiros jogos pareciam confirmar a expectativa positiva. Deu assistências, participou de jogadas e fez gols, sendo um deles o mais bonito do Gauchão. De uma hora para outra veio a queda de produção. Os gols passaram a ser perdidos bisonhamente, a participação coletiva se mostrava ruim e Renato Portaluppi não exitou em devolver a titularidade a André, tirando Vizeu até do banco de reservas em alguns jogos.
Felipe Vizeu, de maior esperança, tornou-se uma grande decepção no Grêmio. Assim viveu até o último sábado (25). Contando com a ineficiência de André, que abusou das oportunidades recebidas do treinador sem responder com gols, o ex-atacante da Udinese entrou no jogo contra o Atlético-MG, não só fez o gol da vitória, mas mostrou lampejos daquele Vizeu que era esperado na Arena e parecia ter dado apenas uma "passadinha" com a camisa do Grêmio. Em 45 minutos, ficou a impressão de que há um atleta reabilitado no grupo tricolor, uma peça importante num time que tem Diego Tardelli já definido como opção apenas para os lados do ataque.
O centroavante desta vez correspondeu às necessidades do treinador e do time. Merece, pois, ter oportunidades e sequência como teve André, o qual gozou da boa vontade do técnico por muito mais tempo do que queria o torcedor. A hora é de, pelo menos, apostar na retomada de Felipe Vizeu. Não é possível se chegar à metade do ano, com contratações importantes no ataque, e se concluir que há saudade de Jael.