Da mesma maneira que houve contestação quanto à insistência na manutenção de Gabriel Jesus no time principal da Seleção Brasileira, o técnico Tite convive agora com a discussão em torno do rendimento de um titular até então absoluto: Philippe Coutinho.
"Couto", como é chamado pela comissão técnica, foi o melhor em campo nos dois primeiros jogos do mundial da Rússia, deu a impressão que estaria entre os craques da competição e simplesmente despencou a partir do terceiro jogo. Passada a Copa, não recuperou o protagonismo nos amistosos da Seleção e enfrenta dificuldades para ser titular no Barcelona.
A troca de clubes na virada de 2017 para 2018 é considerada por quem comanda a Seleção como uma das causas da perda de rendimento de Philippe Coutinho. Ele teu seu ápice no Liverpool, sendo o jogador mais importante do time treinado por Jürgen Klopp e fazendo uma efetiva dupla de brasileiros com Roberto Firmino.
Com boa relação com Klopp, Tite reproduziu na Seleção os movimentos do jogador, obtendo excelentes resultados. Antes de sair da Inglaterra, entretanto, Coutinho sofreu uma lesão e bancou o desgastante impasse de sua transferência para o time espanhol.
No clube catalão, teria a responsabilidade de repor o futebol de Neymar. Chegou na condição de coadjuvante e dela não saiu, tendo que mudar sua área de atuação no campo. Se antes jogava mais centralizado, virou homem de lado no Barça. A mudança coincide com sua queda de rendimento na Seleção.
De posse deste histórico, o técnico Tite acredita que poderá devolver uma boa condição de jogo para Phillippe Coutinho. No jogo contra o Panamá, ele foi colocado pelo lado esquerdo, mas, se preciso for, alterará o posicionamento para se adequar e desenvolver melhor seu futebol.
Há paciência e muito boa vontade com o jogador que tem a seu favor a conduta dentro e fora de campo e um passado de grandes atuações na própria Seleção, o que determina para o treinador a "meritocracia".