O Inter está batendo de frente com o presidente da FGF, Francisco Novelletto. Desta vez, a razão está com o clube. O Novo Hamburgo deveria ter informado o local do segundo jogo da decisão até 48 horas após os jogos decisivo das semifinais. Não indicou porque, naquele momento, não podia atender o exige o regulamento da competição: ter um estádio com capacidade mínima para 10 mil torcedores.
Como o Novo Hamburgo está providenciando a ampliação de espaço para atender esta exigência, Novelletto marcou o jogo para o estádio Centenário, mas esticou o prazo para que o Noia se habilite para sediar em casa a decisão. O Inter esperneia, pois quer que Noveleto cumpra o regulamento. Mas o presidente da FGF não está nem aí para as reclamações coloradas.
Leia mais:
Inter contesta decisão da FGF e se prepara para disputar a decisão do campeonato no Centenário
Vice do Inter contesta FGF sobre estádio da final: "Regulamento está sendo descumprido"
Novelletto rebate Inter e indica final do Gauchão no Estádio do Vale
Outro goleiro
O Inter também pretendia que Francisco Novelletto, valendo-se do regulamento que concede ao presidente da FGF autorização para resolver casos omissos, abrisse para o Inter a possibilidade de inscrever mais um goleiro.
Noveleto disse, simplesmente, não. O Inter esperneia, mas está difícil de levar.
Condicionamento
Depois de tanto ser criticado por gremistas, Francisco Novelletto não parece disposto a tomar qualquer decisão que beneficia o Inter nem que a vaca morra por falta de xarope. No caso da inscrição de mais um goleiro, se a FGF autoriza, metade do RS cai de pau sobre o Novelletto.
Como não autorizou, a outra metade do Estado está revoltada com o Chico. Mesma coisa para o caso do estádio da decisão. Novelleto cansou de apanhar da chibata azul. Agora, para variar, prefere ser açoitado pelo rebenque vermelho. Pobre Novelletto.
História
Não são poucos os gremistas que justificam a ausência de títulos estaduais porque a FGF é presidida por um colorado. Já houve na história do futebol gaúcho a mesma situação, só que em vez de um vermelhinho quem presidia a federação era um azulzinho.
O doutor Aneron Corrêa, gremistão reconhecido e proclamado, dirigiu a FGF de 16/01/1945 até 15/10/1966. Neste período, o Grêmio ganhou 12 títulos e o Inter nove. Mas, se recuarmos até 1940, o Inter somará mais cinco títulos.
Conclusão torta? Quando a FGF era presidida por um gremista, a conquista de títulos era parelha. Agora que é um colorado quem manda na federação, o Inter acumula taças. O gremista era isento e o colorado desonesto? É isto? Claro que não.