Na coluna de terça-feira (12), comentei como é importante que o tema SAF seja debatido de forma mais aberta nos bastidores do Inter. É um assunto que está tomando conta do futebol e vai ditar o resultado de campo dos clubes brasileiros nas próximas temporadas. Algumas equipes já colheram o melhor e pior cenários que esse modelo de gestão pode trazer. Como esse tema não será resolvido tão cedo, como se manter vivo nesse meio tempo diante de adversários com cifras milionárias?
Além da SAF, temos exemplos de clubes no país que são ricos por natureza. Eles se sustentam com base naquilo que sua marca e gestão conseguem proporcionar para seus cofres. Flamengo e Palmeiras são os times que melhor se encaixam nesse contexto. São rivais que disputam em alto nível qualquer competição no território sul-americano.
No Brasil, a competitividade entre as equipes sempre foi equilibrada. Para ser campeão é necessário correr o dobro. Atualmente, a entrega cresceu ainda mais de nível. Ficou complicado disputar com igualdade contra clubes que gastam mais de R$ 100 milhões em contratações e investimentos para o departamento de futebol.
A margem de erro para disputar contra os times milionários é quase zero. É o caso do Inter. É preciso ter qualidade multiplicada por dois para ter chances nas competições nacionais e internacionais. Mesmo assim, é possível sonhar com grandes conquistas.
Em 2023, apesar da temporada pouco regular, o Inter conseguiu chegar à semifinal da Libertadores da América. A eliminação foi no detalhe. Em temporadas passadas, o time chegou ao vice-campeonato brasileiro ficando à frente de clubes com mais dinheiro e peças no elenco.
Para ano que vem, o Inter vai precisar manter o investimento atual do grupo e agregar qualidade a esse time que já apresenta bons resultados. Com essa combinação, principalmente nas copas, é possível projetar conquistas relevantes em 2025.