Existe uma cartilha tradicional que é utilizada em momentos próximos ao clássico Gre-Nal. Desta vez, o Grêmio, através do seu dirigente, se posicionou fortemente em relação aos problemas de arbitragem que o clube tem sofrido no Campeonato Brasileiro.
É dever do dirigente de qualquer clube defender os interesses da sua instituição. Mas os problemas que o rival encontrou nas últimas partidas não podem se estender ao Gre-Nal. As situações não convergem. E para esse jogo nenhum tipo de condicionamento é bem-vindo.
Na coletiva desta sexta-feira (11), o vice-presidente do Inter, José Olavo Bisol, foi muito feliz em suas declarações como representante do clube. Diferentemente da postura adotada pelo rival, ele destacou como o desequilíbrio do confronto precisa estar dentro de campo. A postura adotada pelo Grêmio não é nada agregadora. De forma sútil, pareceu um movimento capaz de criar fatores novos para o dia da partida. É muita coincidência que essas declarações tenham aparecido um dia após o reconhecimento da CBF em relação aos erros do árbitro em Corinthians e Inter.
Entre Inter e Grêmio não existe o “patinho feio”. Os dois clubes têm sofrido com erros grotescos da arbitragem. Além disso, a atuação da CBF na temporada de 2024 é lamentável. A dupla Gre-Nal vem sendo tratada com displicência. O ciclo de reclamações se repete. É necessário buscar mudanças na prática. E nem estamos falando do histórico de anos que é ainda mais preocupante.
De fato, Inter e Grêmio têm muito a reclamar com a CBF. Na verdade, a maioria dos times do Brasileirão passam pelo mesmo problema. Mas no Rio Grande do Sul ninguém sofre mais ou menos. A situação é igual para todos.