Não acho que D’Alessandro seja um problema para o Inter. Em grande parte do tempo e nas mais variadas situações, o argentino sempre foi uma solução no clube. Inclusive, na comparação com Magrão, o ex-jogador é um nome maior para história colorada. Dentro do vestiário e nos corredores do Beira-Rio, tem um peso diferente em relação aos demais. Por isso, a questão não está na presença dele.
O que me preocupa nessa história toda é a falta de convicção dos dirigentes colorados. Qual a verdadeira intenção na busca por um ídolo para trabalhar na coordenação? Os responsáveis pelo Inter estão trazendo o profissional D’Alessandro ou estão buscando alguém para acalmar os ânimos da torcida?
Esse parece um movimento para tirar o foco dos vários erros que tomam conta do ambiente na temporada de 2024. Isso me incomoda.
Como torcedor, não quero ver o clube realizando manobras para mudar a opinião pública. A posição ocupada por Magrão era importante. Mas não podemos desenhar que a chegada de D’Ale representa uma mudança completa no cenário do Inter. Os problemas seguem os mesmos.
Claro que o ambiente organizado e estruturado com grandes nomes tem diferenças. Porém, esses tópicos não mudam em meio a temporada. É necessário ter tempo, e o do Colorado em 2024 terminou.
O pensamento mágico deve ficar por conta do torcedor. Nós olhamos para jogadores históricos como grandes oportunidades de superação. Mas o dirigente tem obrigação de pensar diferente. Ele está ali para encontrar soluções técnicas para o que precisa ser superado.
Não se trata apenas de coração. Enquanto o Inter seguir buscando esse tipo de alternativas para seus problemas, seguirá sofrendo em campo por conta da desorganização institucional.