Ainda estamos tristes pela eliminação inesperada na semifinal do Gauchão. O Inter precisará de uma resposta imediata para diminuir a desconfiança do torcedor. Esse início de ano foi marcado por uma torcida que comprou a ideia do time desde o primeiro momento e foi retribuída com mais uma campanha vexatória.
Como tem sido ultimamente, os tons de crueldade em cada um desses fracassos são semelhantes aos das histórias contadas pelos diretores mais melancólicos da cinematografia.
A realidade posta é essa. Não podemos voltar no tempo. Mais uma vez, estamos fora daquilo que por muito tempo era considerado o mínimo para o torcedor. São várias camadas que mostram como é preocupante a situação colorada. Nem chegamos a falar da seca de títulos estaduais. Até aqui, o único ponto é a ausência na decisão junto ao nosso maior rival.
O que o Inter vai fazer para não tornar a temporada um grande fracasso? Apesar de tudo, ainda temos três competições para participar e tentar buscar o título. Internamente se diz que o Brasileirão é prioridade. Porém, para vencer esse campeonato não será possível ter atuações parecidas com a dos últimos jogos.
Além dos pontos corridos, na Copa do Brasil e Sul-Americana, que são competições do mata-mata, o time e comissão técnica terão que aprender a lidar com jogos de ida e volta de forma mais estratégica.
A tendência é que a dificuldade dos adversários aumente. Fiquei preocupado com o psicológico desse time para os bons e maus momentos. Quando tudo está acontecendo parece que a confiança em excesso não fez bem ao grupo. Com o ambiente sob desconfiança, preocupa os jogadores não conseguirem voltar a desempenhar um futebol fluído. O trabalho de recuperação vai além da comissão técnica.
Parte da direção precisa remobilizar o ambiente, dos atletas ao porteiro. Só assim para retomar aquela atmosfera adquirida nos primeiros meses do ano.