A fase de semifinal da Copa do Mundo Feminina começa a ser disputada nesta terça-feira (15). Neste momento, quatro equipes ainda estão vivas na disputa pelo título: Espanha, Suécia, Inglaterra e Austrália. Em meio à esta concorrência, um nome em específico segue me chamando a atenção.
Depois de quedas das seleções que já foram campeãs, Japão (quartas), Estados Unidos (oitavas), Alemanha e Noruega (ambas nas quartas), a vencedora da edição de 2023 será inédita. E está poderá ser a Inglaterra.
Antes da Copa começar, a seleção inglesa já era apontada como uma das três concorrentes, ao lado de Alemanha e Estados Unidos. O trabalho da técnica Sarina Wiegman, especialmente com a conquista da Eurocopa, era o principal trunfo para a edição da Austrália e Nova Zelândia.
No entanto, aquele mesmo rendimento ainda não se confirmou, de fato. Antes do Mundial começar, as inglesas sofreram baixas importantes, como a artilheira Beth Mead e capitã Leah Williamson, ambas lesionadas.
Aos trancos e barrancos, a seleção conseguiu o 100% na fase de grupos e a primeira colocação na chave. O melhor resultado foi a goleada aplicada sobre a China por 6 a 1, na última rodada, depois placares mínimos contra Haiti e Dinamarca.
Nestes jogos iniciais, um nome surgiu como destaque no setor ofensivo: Lauren James. A meia, camisa 7, vinha sendo peça fundamental até às oitavas. Contra a Nigéria, foi expulsa de forma justa e até infantil por um pisão na adversária, que estava ainda caída no campo, após uma disputa de bola. Além da suspensão automática, recebeu um jogo a mais de punição. Só poderá voltar em uma eventual final ou disputa de terceiro lugar.
Em meio a tantas ausências, Sarina Wiegman tem conseguido encontrar e encaixar novas alternativas. Nos dois últimos matas, encarou duelos de muita intensidade. Nas oitavas, precisou ir aos pênaltis contra a Nigéria. Nas quartas, viu a Colômbia sair na frente.
É uma Inglaterra que ainda precisa desempenhar mais, mas que já criou uma casca no Mundial e tem aprendido a se superar. Além disso, estamos falando de uma equipe que chega, pela terceira vez consecutiva, entre as quatro melhores nos Mundiais.
A partida contra a Austrália, na quarta-feira, será um dos duelos mais complicados. Além da disputa técnica, terá uma adversária fora das quatro linhas: a torcida local. Será o teste decisivo para as atuais campeãs europeias.