O grande nome do Inter na vitória diante do Juventude foi Gabriel Carvalho. Não pelo gol, mas por uma atuação madura, de um jogador que está pronto antes de atingir a maioridade.
Entretanto, para o antigo treinador, escalar um jovem de 16 anos (Gabriel fez 17 em agosto) era um problema. Coudet chegou a questionar um repórter após um jogo que não escalou a jóia colorada:
— Quer que eu tire Gabriel do jardim de infância?”.
Coudet disse isso depois de dar a primeira chance ao jovem e, mesmo depois da assistência para o gol de Wesley, contra o Vitória, decidiu que era um problema colocá-lo para jogar.
O erro de Coudet foi enterrado no passado graças a um treinador que teve, acima de tudo, coragem. Mas antes de ter coragem para escalar Gabriel como titular, Roger teve visão. Percebeu que ele encaixaria perfeitamente na sua ideia de jogo.
Gabriel combinou e cresceu com a chegada de Bruno Tabata. O primeiro gol saiu quando ele estava jogando aberto pela direita, mas quando precisou, ele não se escondeu do jogo e driblou e armou pelo meio.
Trata-se de um craque! Todos no Beira-Rio sabiam disso. Menos Eduardo Coudet, então detentor do molho de chaves que abria e trancava portas no Beira-Rio. Ainda bem que Roger Machado chegou e destravou a principal. A porta de entrada para jovens promessas do clube.