A derrota para o pior time da competição é inadmissível, independentemente de qualquer circunstância. Mas fica mais difícil de engolir ao ver uma equipe que, contra o Juventude, na última quarta-feira (14), se entregou por completo e que, neste domingo (18), parecia desfilar em campo, achando que o gol viria com facilidade a qualquer momento.
A bola na rede não veio, e com uma pitada de soberba no erro de Thiago Maia, sofremos o gol de uma derrota que entra para a coleção de fiascos da atual gestão do clube. Um resultado que nos empurra para o mesmo lugar que estávamos antes da vitória acidental do meio de semana.
Se nos últimos jogos houve uma evolução mínima, desta vez o time piorou. Alguns jogadores que se destacaram na vitória de quarta não conseguiram repetir o desempenho. O coletivo voltou a naufragar.
O resultado de campo é a consequência do que é feito nos gabinetes. Quem comanda não tem pressa para tirar o Inter da atual situação. Ao menos não demonstra.
A demora para contratar ou repor saídas chama a atenção. Estamos sem lateral-direito há duas semanas. Sem contar o tempo que a cabeça do Bustos estava bem distante daqui.
A incompetência para gerir o clube respinga, por óbvio, dentro do gramado. Um resultado isolado até é possível conquistar, mas a média geral é afetada por conta dos equívocos.
Roger terá mais uma semana cheia de trabalho. O prazo para ele arrumar o time está acabando. Já são sete jogos e somente uma vitória.
Fica difícil fazer uma cobrança mais forte, na medida que ele completou apenas um mês à frente do time, mas esse tipo de derrota não ajuda a diminuir a desconfiança.
Se passar na sua frente um papel com um acordo para acabar o campeonato hoje, com o Inter livre do rebaixamento, assine em duas vias. Não menospreze a capacidade de produzir vexames de quem hoje está no comando do clube.