Antes do jogo houve muita cobrança pra cima dos jogadores. Eles não deram resposta e o Inter não conseguiu reverter o resultado da ida, restando a eliminação na repescagem da Copa Sul-Americana. Mas se a crise está instaurada no Beira-Rio não é só por falta de empenho ou de bola dos jogadores. A direção é a grande responsável por duas eliminações em 10 dias.
Quem comanda o futebol do clube, com o aval do presidente Alessandro Barcellos, resolveu ir para o segundo jogo contra o Juventude e para o primeiro contra o Rosário com um técnico interino. Colheu o melhor resultado que a incompetência poderia: vexame! Duas eliminações em competições de mata-mata, que até então eram “prioridades”.
Lembro que antes do jogo de ida contra o Juventude, o Inter “rifou” dois jogos, contra Fluminense e Vasco, com preservações de jogadores. A demissão de Coudet não foi equivocada, mas o Inter não tinha um planejamento. Demitiu por demitir. Consultou Roger, Diniz, Sérgio Conceição e outros. Demorou uma semana para contratar e assumiu o risco calculável da eliminação. Inadmissível para um clube da grandeza do Internacional.
A incompetência de quem comanda está impregnada nos corredores do Beira-Rio. E quem acha que o ano acabou está enganado.
Do jeito que está jogando, o Inter corre risco de brigar para não cair, embora a distância em pontos do Z-4 e os jogos atrasados. Essa passa a ser a nossa luta a partir de hoje. Brigar para não piorar um ano desastroso.