Faz alguns meses, escrevi algumas linhas afirmando que a candidatura à presidência de Eduardo Leite não tinha chances de prosperar. Eu estava errado. Na época, avaliei que a patrola do governador João Doria, aliada à inexperiência do colega gaúcho, eram ingredientes definitivos da disputa.
Desde então, apoiado por uma estrutura profissional altamente competente, Eduardo Leite vem ocupando espaços dentro e fora do PSDB. A tal ponto que, mesmo em caso de uma derrota nas prévias tucanas, o jovem inquilino do Palácio Piratini poderá se considerar vitorioso. Em pouco tempo, virou um personagem conhecido no Brasil, graças também a sua capacidade de bom relacionamento com setores da imprensa e habilidade de diálogo.
Analisando o passado das eleições majoritárias, mesmo os nem tão recentes assim, é possível concluir que a simples participação no processo pode significar um salto na carreira política. São comuns os governadores e mesmo presidentes, como Lula, que disputaram um, dois ou três pleitos antes de conquistar o mandato.
Eduardo Leite já projetou seu nome nacionalmente e, dados os últimos movimentos internos no PSDB, tem chances concretas de ser o nome do partido que enfrentará, na perspectiva de hoje, Lula e Bolsonaro no ano que vem.