Não está fácil encher o tanque com gasolina comum em lugar nenhum do Brasil, mas há um município do Rio Grande do Sul que sofre mais com a alta no preço do produto: Bagé, na região da Campanha.
Segundo o mais recente levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias três e nove de outubro, o preço médio pago pelos bajeenses por litro voltou a ser o mais elevado do país: nada menos do que R$ 7,191.
Vale ressaltar que a pesquisa contempla apenas em parte os reflexos do último aumento anunciado pela Petrobras, aplicado no sábado (9), e não envolve a totalidade dos postos (é amostral).
Na prática, é possível que, na prática, a situação seja ainda mais complicada.
Uma das explicações para o custo maior no município da Campanha é a localização de Bagé, mais afastado de centros com maior competição, como a Grande Porto Alegre. A cidade também fica longe da principal refinaria gaúcha, a Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. São cerca de 400 quilômetros de distância.
Além de Bagé, outras duas cidades brasileiras aparecem na enquete da ANP com o valor médio por litro superando os R$ 7: Cruzeiro do Sul, no Acre, e Três Rios, no Rio de Janeiro (veja os detalhes abaixo).
Até setembro deste ano, considerando o acumulado nos últimos 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, a gasolina já subiu 39,6% no Brasil.
Os campeões
- Bagé (RS): R$ 7,191
- Cruzeiro do Sul (AC): R$ 7,125
- Três Rios (RJ): R$ 7,099